O que está por trás do projeto que acaba com 570 empregos na VCG

Após aprovação da Lei do Passe Livre para os estudantes da cidade fica a pergunta: Quem vai pagar a conta dessa medida politiqueira!? É claro que o custo da VCG vai aumentar na medida que há renúncia de receita dos passes livres. 

Caso não haja contrapartida da Prefeitura no próximo reajuste da passagem, que seria somente em 2016, deverá ser antecipado para maio deste ano. Este novo reajuste compreenderia o aumento do combustível, o aumento do IPVA e da CIDE, mas principalmente o aumento para repor perdas decorrentes da renúncia de receitas para a VCG decorrente da implantação do passe livre, pois são quase 100 mil estudantes que podem andar de ônibus de graça com esta Lei.

Pressionado, o Governo Marcelo Rangel primeiramente encampou os terminais de Uvaranas, Nova Rússia, Oficinas e o Terminal Central. Com isto repassou para os cofres da prefeitura um custo de aproximadamente 300 mil reais por mês com manutenção e segurança destes terminais, que eram de responsabilidade da VCG por força da licitação de concessão de exploração.

Com isto o governo do Marcelo Rangel beneficiou a VCG com quase 300 mil reais por mês  assumindo este custo. Claro que quando falamos que a prefeitura assumiu este custo leia-se o povo da cidade de Ponta Grossa assumiu este custo, pois se trata de dinheiro dos impostos pagos pelo povo que formam o caixa da prefeitura. Mas isto não é suficiente pra cobrir o aumento dos custos da VCG. Ainda assim, será necessário reajustar a tarifa ainda neste semestre.

Então, eis que surge a brilhante ideia de acabar com a necessidade de cobradores nos ônibus da VCG. Serão mais de 500 empregos extintos. Serão 500 pais de famílias demitidos por esta nova Lei. Destarte, desta forma haveria uma redução significativa de custos da VCG o que possibilitaria que a passagem de ônibus, talvez, fosse reajustada somente no ano que vem.

Para o projeto de Lei passar na Câmara foi escalado pelo Governo Rangel um vereador que supostamente seria da oposição. Assim, o Governo Marcelo Rangel não iria se indispor com o Sindicato de Motoristas e Cobradores da VCG, bem como se não der certo o projeto também não desgastaria os vereadores da base do governo de Rangel na Câmara de Vereadores. Então, esse vereador que, na prática, já da base do governo, mantém a afirmação de que é da oposição.

Portanto, seria uma estratégia maquiavélica, pois demitiria mais de 500 pais de família, cortaria os custos da VCG, não teria aumento da passagem e o passe livre estaria garantido e, claro, a culpa por estes desempregos e pela eventual greve no transporte coletivo de Ponta Grossa seria atribuído à oposição ao Governo Marcelo Rangel. Tendo em vista que o autor do projeto se “vende” à sociedade como um vereador de oposição.

Tudo quase perfeito. Mas dentro das próprias pessoas que planejaram tudo isso tem gente que tem muito dó dos mais de 500 cobradores  que irão perder seus empregos.

Quando se é mal gestor parece que o que sobra é a arte de atuar e enganar a população.

Estamos de olho !