Eleição presidencial terá maior número de candidatos desde 89

Com o fim do prazo das convenções partidárias neste domingo, treze partidos decidiram lançar candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018. É o maior número de postulantes à chefia do Executivo do Brasil desde 1989, quando 23 nomes foram submetidos ao registro do Tribunal Superior Eleitoral no primeiro pleito nacional após o fim da Ditadura Militar.

As legendas têm até o dia 15 de agosto para solicitarem o registro no TSE. Até a votação, dia 7 de outubro, o total de postulantes que estará nas urnas poderá ser diferente, já que a corte eleitoral pode negar o pedido. É o caso, por exemplo, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indicado pelo PT, mas que, enquadrado pela Lei da Ficha Limpa, poderá ter o registro negado.

O PT trabalha com a hipótese de que Lula poderá fazer campanha mesmo que seu pedido esteja em análise judicial. A legenda conta com a aplicação de um dispositivo da Lei Eleitoral, que autoriza, inclusive, a presença na urna eletrônica enquanto não houver decisão definitiva.

O partido também indicou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como vice. A ideia é que ele represente Lula nos atos de campanha e nos debates, já que Lula está preso em Curitiba, cumprindo pena pela sua condenação na operação Lava Jato. Porém, a vice “de fato” do PT será Manuela D’Ávila, que desistiu de sua candidatura à Presidência pelo PCdoB.

Na prática, a escolha de “dois vices” é a preparação para um anúncio que deve vir no próximo mês, quando a candidatura de Lula provavelmente será barrada na Justiça Eleitoral. Nesse momento, o PT deve promover Haddad como o candidato principal e incluir Manuela como sua candidata a vice-presidente.

Informações de Leonardo Lellis/Veja. Reprodução.