PG busca solução emergencial sobre ‘Mais Médicos’
Dos 80 médicos de atenção
primária no município, 60 são cubanos. Governo considera fazer
contratações em caráter de emergência e redistribuir profissionais que
atuam atualmente em áreas administrativas.
A Prefeitura de Ponta Grossa busca soluções emergenciais
para solucionar o déficit de médicos no município após o retorno dos
profissionais cubanos ao país de origem – o governo de Cuba anunciou nesta
quarta-feira (14) que irá se retirar do programa ‘Mais Médicos’. Também na
quarta, cerca de uma hora após o anúncio oficial, o prefeito Marcelo Rangel
convocou uma coletiva de imprensa para apresentar a gravidade do problema.
De acordo com Rangel, atualmente o município conta com 60 profissionais cubanos no atendimento à atenção primária. O número representa 75% do total de 80 profissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS). O prefeito ainda destacou que cada médico do exterior é responsável pelo atendimento de 4 mil moradores. A saída dos profissionais deixariam 240 mil pessoas desamparadas na cidade.
Com a expectativa de que os médicos deixem o país em até uma
semana, Marcelo Rangel já pediu que o corpo jurídico e financeiro da Prefeitura
busque alternativas para evitar um caos na Saúde Pública Municipal. Ao lado da secretária
municipal de Saúde, Ângela Pompeu, o prefeito também anunciou a realização de
estudos emergenciais para readequações no sistema.
“Umas das alternativas é fazer a contratação emergencial de
novos médicos para minimizar [o problema]. Suprir, de maneira nenhuma. A
contratação de 60 médicos é impossível”, disse. Dentre as alternativas, o poder
Executivo irá levantar quantos médicos contratados estão atualmente cumprindo
funções administrativas nos dois hospitais municipais (Amadeu Puppi e Hospital
da Criança), para que sejam remanejados temporariamente aos postos de saúde.
Rodrigo de Souza/portal aRede; Fotos: Reprodução PMPG e Danilo Schleder.