Transformação no RH: 30% ainda não utilizam tecnologia, aponta estudo


Em um momento em que a transformação digital avança em todos os setores, a área de Recursos Humanos ainda enfrenta desafios para acelerar sua digitalização. De acordo com a 5ª edição do estudo HR Innovation, elaborado pela Ahgora by TOTVS, cerca de 30% dos profissionais de RH no Brasil ainda não utilizam softwares para apoiar a gestão de pessoas.

O levantamento, que mapeia cenários, tendências e desafios do setor, reforça a importância da tecnologia no fortalecimento estratégico do RH. Segundo a pesquisa, as áreas que mais utilizam soluções digitais atualmente são:

Registro e gestão de ponto (60%);

Folha de pagamento (51%);

Gestão de férias (45%);

Atração e seleção de talentos (40%).

Apesar dos avanços, os dados revelam que há um enorme potencial de evolução em outras subáreas estratégicas da gestão de pessoas, como treinamento, desenvolvimento, analytics e employee experience.

RH mais estratégico: um movimento que ganha força

O estudo também aponta uma mudança positiva na percepção do papel do RH dentro das organizações.
O número de profissionais que afirmam que o RH é visto como uma área estratégica em suas empresas saltou de 26% para 33% em relação à edição anterior do estudo — um crescimento de 7 pontos percentuais.

Esse avanço reforça que a tecnologia, aliada à visão estratégica, é essencial para transformar o RH de um departamento operacional para um verdadeiro parceiro do negócio, capaz de impulsionar inovação, produtividade e cultura organizacional.

“Digitalizar processos não é mais uma tendência futura — é uma necessidade atual para liberar o RH das rotinas operacionais e permitir seu foco em iniciativas de maior impacto humano e organizacional,” destaca a análise da Ahgora by TOTVS.

ESG: uma prioridade crescente para o RH

A novidade da 5ª edição do HR Innovation foi a inclusão de uma seção dedicada ao ESG (Ambiental, Social e Governança) no contexto da gestão de pessoas — tema que vem ganhando peso nas agendas de Recursos Humanos.

Entre os entrevistados:

48,7% afirmaram que ações de ESG são prioridade em suas organizações em 2025;

22,5% disseram que ESG ainda não é prioridade;

26,1% não souberam responder.

Dentro do pilar Social, o estudo investigou as ações de diversidade, equidade e inclusão nas empresas.
Atualmente:

48% das organizações possuem iniciativas estruturadas de diversidade e inclusão;

39,6% não possuem;

9,9% não souberam informar.

Entre os grupos mais priorizados pelos programas de diversidade estão: Mulheres, Pessoas com deficiência, Pessoas LGBTQIAP+, Pessoas pretas e indígenas.

Esses dados mostram que, embora a pauta ESG tenha ganhado mais espaço nas discussões, ainda existe um caminho importante a ser trilhado para transformar os compromissos em práticas consolidadas dentro das organizações.

 

Publicado pelo portal Mundo RH. Imagem: blog IPOG