Desemprego cai a 6,2% em maio; menor nível da história para o mês
O desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, segundo dados da PNAD Contínua divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE. Trata-se da menor taxa já registrada para o mês na série histórica iniciada em 2012, e a segunda menor de todo o período.
O resultado representa uma queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), quando a taxa foi de 6,8%, e uma redução de 0,9 p.p. na comparação com o mesmo período do ano passado (7,1%). Com isso, a população desempregada diminuiu para 6,8 milhões de pessoas.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu um recorde histórico, de 39,8 milhões, que representa um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo trimestre de 2024 e estabilidade em relação ao trimestre anterior (0,8%).
Outro destaque foi a forte redução da população desalentada -aqueles que desistiram de procurar emprego - que caiu 10,6% em relação ao trimestre encerrado em abril e 13,1% na comparação anual. Atualmente, são 2,9 milhões de desalentados, um total de 2,5% da população em idade para trabalhar.
Mais indicadores
A população desocupada recuou 8,6% (644 mil pessoas a menos) na comparação com o trimestre anterior, e foi de 7,5 milhões para 6,8 milhões.
Na comparação anual, houve redução de 12,3% (menos 955 mil pessoas). Já a população ocupada totalizou 103,9 milhões de pessoas, com alta de 1,2% no trimestre e de 2,5% no ano, o que elevou o nível de ocupação para 58,5%, contra 58,0% no trimestre anterior e 57,6% no mesmo período de 2024.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que engloba desempregados, subocupados e desalentados, caiu para 14,9%, ante 15,7% no trimestre anterior e 16,8% no ano passado. A população subutilizada reduziu-se em 4,8% no trimestre e 10,5% no ano, somando agora 17,4 milhões.A taxa de informalidade caiu para 37,8% da população ocupada - equivalente a 39,3 milhões de trabalhadores informais - ante 38,1% no trimestre anterior e 38,6% em igual período de 2024.
Em termos de renda, o rendimento real habitual médio ficou estável em R$ 3.457 no trimestre, mas cresceu 3,1% na comparação anual. Já a massa de rendimento real habitual atingiu novo recorde, de R$ 354,6 bilhões, com alta de 1,8% no trimestre (mais R$ 6,2 bilhões) e 5,8% no ano (mais R$ 19,4 bilhões).
Para o analista William Kratochwill, o aumento na massa de rendimentos está relacionado principalmente à maior quantidade de pessoas empregadas, e não à elevação dos salários médios.
Fonte: Portal iG Economia