CPI aponta responsáveis pelo furo de 4 milhões





Relatório apresentado conclui que furo contábil é responsabilidade das gestões de Jocelito Canto e Péricles de Mello


Jornal da Manhã (Foto: Rodrigo Czekaslki)

O relatório final dos trabalhos da CPI do Dossiê, elaborado pelo relator Edílson Fogaça (PTN), apontou que a responsabilidade pela diferença em caixa, que ultrapassa os R$ 4 milhões, é "única e exclusiva" das gestões dos ex-prefeitos Jocelito Canto (PTB) e Péricles de Mello (PT).

O documento aponta também que há fortes indícios de que parte do furo é decorrente do crime de peculato. O relatório teve a assinatura de outros três membros, Alessandro Lozza de Moraes (PSDB), Márchio Schirlo (PSB) e Valter José de Souza (DEM). Apenas o presidente, Pascoal Adura (PMDB), solicitou prazo até 14 de setembro para analisar o conteúdo do documento. Caso não concorde, ele poderá apresentar um relatório separado, uma vez que o relator afirmou que não irá promover alterações no relatório apresentado ontem. Ele frisou que apenas irá esperar a posição do presidente antes de protocolar o documento.

De acordo com o relatório da CPI, depois de ouvir como testemunhas o contador do Município, Valdir Tozetto, o controlador geral, Odivaldo Alves, o secretário de Finanças, Ângelo Mocelim, e o ex-controlador, Paulo Tsalikis, ficou comprovado que houve "irregularidades insanáveis, gerando uma diferença nas contas bancárias e no caixa da Prefeitura na ordem de R$ 4.037.227,19".

Consta no relatório que a responsabilidade pela diferença contábil "é única e exclusiva das gestões de 1996 a 2004, do ex-prefeito Jocelito Canto e do ex-prefeito Péricles de Mello". Também foi juntado ao relatório da CPI o conteúdo dos depoimentos prestados pelos ex-secretários de Péricles, Claudimar Barbosa (Administração e Negócios Jurídicos) e Roberto Barbosa (Finanças), à Comissão de Finanças da Câmara, a respeito das prestações de contas de 2001 e 2003 desaprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

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