Buscas continuam no Haiti após terremoto. Requião decreta luto de três dias pela morte de Zilda Arns



Zilda Arns morre em terremoto no Haiti
A fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, Zilda Arns morreu no terremoto que atingiu o Haiti ontem. A informação foi divulgada hoje pelo gabinete do senador paranaense Flávio Arns, sobrinho de Zilda. O senador embarcou para o Haiti hoje, junto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, onde acompanhará a missão brasileira de resgate dos sobreviventes do terremoto.
A médica viajou neste final de semana para encontro missionário em uma entidade chamada CIFOR.US e estava hospedada na sede episcopal. De acordo a assessoria de Zilda, a coordenadora estava no Haiti para levar a metodologia de atendimento da Pastoral da Criança no combate à desnutrição.

Zilda Arns tinha 75 anos e além do trabalho nas pastorais, ela era representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Na sua página pessoal do site Twiiter, o governador Roberto Requião declarou luto oficial por três dias. Ainda no Twitter, o governador colocou a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros do estado à disposição do Governo Federal para operações no Haiti.

Declarações

Além do governador, o prefeito Beto Richa, por meio do Twitter, lamentou a morte de Zilda. "Dona Zilda foi pioneira e precursora em métodos e iniciativas de apoio e defesa da criança", lembrou o prefeito. "Seus programas de ação modelaram e inspiraram projetos mundo afora, salvando a vida de milhares de crianças e adolescentes". Beto Richa afirmou que dona Zilda deixa um legado de amor, esperança e fraternidade. "Sua indicação para o Nobel da Paz foi um momento de felicidade para todos nós, brasileiros", disse ele.

Segundo o ministro Celso Amorin, o presidente Lula “lamentou muitíssimo” o desaparecimento de uma pessoa de grande projeção no país que estava no Haiti em trabalho de assistência humana.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou há pouco que a morte da coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, foi uma das perdas “mais expressivas” do país. Aos assessores ele disse que lamenta o episódio profundamente. “Ela era um exemplo extraordinário de dedicação às crianças, aos pobres e às causas social. Era uma referência".

"A morte de Zilda Arns deixa milhões de órfãos no Brasil. Não só os integrantes de sua família, mas também os muitos filhos adotados por ela em seu trabalho na Pastoral da Criança e na Pastoral do Idoso. Zilda tornou-se sinônimo de doação na luta pelos mais carentes, em seu combate diuturno à mortalidade infantil e na busca pela melhoria da vida do povo", disse o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer.

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