PDT oficializa apoio à candidatura de Dilma no Paraná

A Executiva do PDT anunciou ontem o apoio formal à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. A cúpula do partido deve almoçar hoje com Dilma em sua residência, em Brasília, para formalizar o compromisso pré-eleitoral. Participam do encontro o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, e os líderes das bancadas na Câmara, Dagoberto Nogueira, e no Senado, Osmar Dias (PR).


Pré-candidato ao governo do Paraná, Osmar está próximo de um acordo com o PT no Estado, já que o PSDB – que o apoiou no segundo turno da eleição de 2006 – pretende lançar candidato próprio, em vaga disputada pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa e o senador Alvaro Dias. Osmar, porém, tem dito que não tem pressa para fechar as alianças.

A direção estadual do PDT paranaense também afirma que nenhuma decisão será tomada antes de 8 de fevereiro, quando o PSDB define seu candidato entre Beto Richa e Alvaro. Ao esperar a confirmação da candidatura tucana, Osmar teria o argumento de que não foi o responsável pelo rompimento da “Grande aliança”, que reelegeu Richa nas eleições de 2008.

Os pedetistas locais alegam ainda que o fechamento do apoio a Dilma no plano nacional não significa necessariamente o alinhamento ao PT no Estado. Mas a cada vez mais próxima decisão do PSDB paranaense de lançar candidato ao governo, rompendo a aliança com Osmar, deixa o partido do senador se muitas opções que não também fechar com o PT na disputa pela sucessão do governador Roberto Requião (PMDB).

O acordo entre o PDT nacional e o PT de Dilma foi deliberado durante a reunião da Executiva Nacional pedetista na terça-feira, durante almoço de lideranças do partido com a ministra em Brasília. A mesma aliança, contudo, pode não ser replicada em São Paulo, a depender da conjuntura. No palanque com PT ou PSDB, a moeda de troca dos trabalhistas é a posição de vice-governador.

O PDT paranaense cobra do PT o fortalecimento da candidatura de Osmar. O partido quer que o presidente Lula e Dilma trabalhem para atrair o apoio de outros partidos da base do governo federal – como PP, PTB e PR.