DEM estuda mudar de nome e de sigla novamente

Enquanto discute se explusa Paulo Octavio ou se faz o mesmo se desfiliar “por vontade própria”, como fez José Roberto Arruda, o Democratas encomendou a um profundo estudo sobre a necessidade ou não de mudar, novamente, o nome de seu partido. À frente do projeto, Heráclito Fortes e Ronaldo Caiado, que evitam dar detalhes, mas deixaram escapar alguma coisa em recente entrevista sobre o mensalão.

Caiado foi enfático: “Não podemos ficar sangrando por culpa de quem quer que seja. O P.O. vai ter que deixar o partido”. Já quanto à nova mudança de sigla, foi reticente: “Bom, eu era garotão, mas ainda sou do tempo da ARENA, que era um partido muito forte. Então sou suspeito para falar, mas minha opinião é que devia voltar a chamar-se ARENA”.

De qualquer forma, a consultoria analisa outras sugestões além de ARENA. Uma delas é a de fusão com os tucanos, mudando o nome para PSD, (“Sem o B, mas com o D de DEM”, explica Heráclito Fortes), para quem isso daria uma roupagem mais próxima do centro, tirando do DEM o estigma de ser um partido de direita. Outra possibilidade é a de formação de uma frente de descontentes da base aliada, com gente do PP, do PR, do PSC. “Até com a Heloísa Helena, do PSOL, nos já andamos conversando nesse sentido, pois, na prática, temos tido posições muito parecidas no Congresso”, diz ACM Neto.

Para um partido que mudou de sigla exatamente seis vezes, os dirigentes desse projeto do DEM parecem bem animados: “a sigla não importa mas sim as ideias. Não se pode continuar com uma roupa rasgada só porque um dia ela foi bonita e nova. Por mim muda sem problema”, finalizou Caiado, que além de ter passado pela ARENA, PDS, PFL e DEM, foi também dirigente máximo da UDR, a União Democrática Ruralista.

Fonte: Rogério Mattos Costa, jornalista (Madrid)

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