Alvaro Dias ameaça deixar o PSDB e apoiar Osmar

O senador Alvaro Dias admite que está fora da disputa pela indicação de candidato do PSDB ao governo do Estado às eleições de 2010. O tucano – que disputava a indicação com o prefeito de Curitiba, Beto Richa – reconheceu que não tem chances de concorrer diante da preferência maciça pelo prefeito no Diretório Estadual do partido. Ele ameaçou deixar a legenda se a candidatura de Richa for confirmada oficialmente pela convenção estadual, em junho, para apoiar o irmão, o senador Osmar Dias (PDT).


"Se depender do diretório estadual, não há nenhuma chance de eu disputar o governo. É um grupo político destinado a impedir que eu caminhe em qualquer direção”, afirmou Alvaro em entrevista à Rádio Banda B.

Sobre o apoio a Richa, o senador também foi direto. “Não vou considerar nenhuma candidatura que não seja legal. Qualquer candidatura posta hoje é afrontosa à lei”, alegou, referindo-se à decisão do Diretório Estadual da semana passada, que aprovou a indicação do prefeito.

Alvaro reafirmou as críticas à decisão, alegando que estaria havendo uma precipitação, em prejuízo do projeto nacional do partido, de eleger o governador de São Paulo, José Serra, à Presidência. “Houve uma reunião a meu ver precipitada, excludente, em que se desprezou o projeto nacional. Acho que foi uma decisão imatura politicamente”, avaliou.

Ele argumenta que caso fosse o escolhido, esvaziaria o palanque da ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef, evitando que ela tivesse o apoio de Osmar Dias. Alvaro alega que caso fosse indicado candidato, Osmar desistiria da disputa em seu favor. Além disso, teria mais chances de atrair o PMDB do governador Requião para o palanque tucano.

Ainda ontem, em outra entrevista, à rádio Band News, Alvaro reafirmou sua posição, descartando o apoio a Richa. “Se o PSDB do Paraná desrespeita o programa partidário e ignora a ética, isso eu não posso acompanhar”, alegou. O senador admitiu ainda a possibilidade de deixar o PSDB. Ele alegou que o partido tem reiteradamente impedido suas pretensões eleitorais, e chegado a barrar sua candidatura ao governo em 2006.

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