DIÁRIOS SECRETOS

TCE e MP integram comissão que investigará irregularidades na AL

O deputado Nelson Justus (DEM), presidente da Assembleia Legislativa, anunciou mais uma medida para esclarecer as denúncias feitas pela RPC (Gazeta do Povo e TV Paranaense), sobre os “Diários Secretos”: no início da tarde de ontem, a mesa diretora da AL convidou, por meio de ofício, técnicos do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público, para fazerem parte da comissão de sindicância que irá apurar as denúncias de irregularidades na administração da Casa.

No ofício, o presidente da AL pede a indicação de dois membros de cada uma das instituições, para que possa, o mais breve possível, comunicar publicamente os nomes que integrarão essa comissão. “Assim, mais uma vez, esta Assembleia Legislativa, que tem na fiscalização dos demais Poderes uma de suas maiores responsabilidades, dá a prova cabal do seu interesse em apurar tudo o que foi denunciado”, disse, afirmando que esta iniciativa se soma a todas às demais que já foram adotadas, como o recadastramento dos funcionários e o diário oficial online. 

PF também vai investigar o caso

A Polícia Federal informou ontem que instaurou inquérito para investigar denúncias de supostos crimes praticados por funcionários da Assembleia Legislativa do Paraná contra a ordem tributária, inclusive o uso de pessoas como “laranjas” para receber dinheiro da Casa, conforme denunciaram, dias atrás, veículos da mídia paranaense. A ação foi confirmada pelo agente Marcos Koren, da Comunicação Social da PF em Curitiba, que disse que a Delegacia de Crimes Contra a Fazenda Pública, está apurando as possíveis irregularidades.

Depois das denúncias da existência de funcionários fantasmas, atos secretos, contratações irregulares e esquema de desvio de dinheiro público, dois suspeitos de envolvimento no caso se afastaram das funções: o diretor-geral Abib Miguel, conhecido como Bibinho, no cargo há cerca de 20 anos, e o diretor administrativo José Ary Nassif. As denúncias têm por base as consultas a 700 edições do Diário Oficial da AL, entre 1998 e março de 2009. Aproximadamente 50% dos atos oficiais teriam sido publicados em edições extras que favoreceram as irregularidades.

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