ECONOMIA

Empresários estão preocupados com a possível redução da jornada de trabalho

A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas e o pagamento de 75% sobre a hora extra trabalhada pode ameaçar a abertura do comércio aos domingos. Também pode colocar em risco a sobrevivência das micro e pequenas empresas, incentivar a informalidade e impedir o comércio de bens e serviço de abrir aos domingos em função dos custos trabalhistas.
 
O alerta, em tom de preocupação, foi feito ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), pelo presidente da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná), Ardisson Naim Akel, que acompanhou o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), José Paulo Cairoli, em Brasília. Cairoli solicitou, mais uma vez a Temer, urgência na decisão de tirar da pauta de discussões neste ano a PEC 231/95. “O assunto é polêmico, ameaça as empresas, vai trazer desemprego e não pode ser discutido no calor de um ano eleitoral”, disse.
 
Mais de 50 líderes empresariais de todo o Brasil, presidentes de entidades de classe, engrossaram a comitiva liderada por Cairoli, mostrando a preocupação e a necessidade de retirar da pauta de discussões a PEC 231/95. “Se aprovada como está, esta PEC causa um dano muito grande ao crescimento econômico do Brasil. Perdemos competitividade, a mão-de-obra informal vai aumentar e os custos de produção aumentam significativamente”, comentou o presidente da Faciap.

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