CORTESIAS NA MÜNCHEN
Os vereadores não passaram num teste de austeridade
Publicado quarta-feira, 19 de maio de 2010 - Gonçalves de Castro
O vereador Edilson Fogaça de Almeida ofereceu uma oportunidade a que nossos vereadores dessem um bom exemplo de prática de austeridade, abrindo mão do privilégio de receber ingressos de graça para grandes eventos, patrocinados pelo Município, a partir do que acontece com a Munchen Fest. Na segunda-feira, os vereadores rejeitaram o projeto. A favor, apenas três votos, do próprio Edilson e dos vereadores Dr. Enoc e Alysson Zampieri.
O projeto, na verdade, continha um equívoco ao autorizar o Poder Executivo a destinar os ingressos, entregues para autoridades e convidados especiais, para as entidades conveniadas com o Município. Convenientemente, os vereadores, tendo à frente Sebastião Mainardes Júnior, se apegaram a esse tropeço constitucional para derrotar o projeto. Se tivesse existido um mínimo de boa vontade de Mainardes Júnior ou de qualquer outro vereador, que votou contra, bastaria fazer a correção, por meio de uma emenda supressiva, retirando o dito equívoco, e a distribuição de ingressos de graça estaria proibida. Mas, como os vereadores são beneficiários dessa mordomia, a preferência foi pela rejeição, pura e simples, porque não querem abrir mão do privilégio, que o povo paga.
Vale lamentar o comportamento da maioria dos membros de nosso Legislativo, nesse episódio, porque, com isso, nossos vereadores demonstram que os escândalos que estão sendo denunciados da Assembleia Legislativa não estão ensinando nada a ninguém. Pelo voto dado, nossos vereadores demonstram que não estão percebendo, ou fazendo de conta em não perceber, que os tempos estão mudando e que a sociedade não está mais aceitando custear mordomias e privilégios de quem ela elege para representá-la.
No começo de abril, o vereador Alessandro Lozza de Moraes assumiu a presidência da Câmara Municipal e, por conta própria, decidiu entregar onze, de uma frota de dezesseis veículos, ao Poder Executivo, colocando um ponto final no cometimento de uma ilegalidade que vinha, de algum tempo, sendo cometida por um grupo de vereadores. Na verdade, pela maioria dos vereadores. Houve choro e ranger de dentes, com protestos contra o presidente da Casa, que se viu acuado em dar continuidade ao que pretendia fazer, em termos de corte de despesas, alcançando, inclusive, o excesso de pessoal. Só que tudo isso acontece dentro das quatro paredes do gabinete da presidência da Casa. No Plenário, em público, ninguém pronuncia uma única palavra. E isso é muito ruim, porque a moralidade na administração pública só pode ser construída a partir da correspondência entre o discurso de campanha e a prática depois dela.
Essa questão da distribuição de ingressos, de graça, dos grandes eventos, patrocinados pelo Município, especialmente, a Munchen Fest, é uma coisa imoral, porque discrimina cidadãos, privilegiando quem mais pode, em relação ao que nos pode, e os que estão mais próximos, em relação aos menos próximos ao poder. É uma discriminação odiosa.
O vereador Edilson Fogaça de Almeida está de parabéns pela iniciativa, enquanto o conjunto da Câmara Municipal perdeu uma grande oportunidade de avançar na conquista do respeito da população.
Disponível em www.adailingles.com.br
Publicado quarta-feira, 19 de maio de 2010 - Gonçalves de Castro
O vereador Edilson Fogaça de Almeida ofereceu uma oportunidade a que nossos vereadores dessem um bom exemplo de prática de austeridade, abrindo mão do privilégio de receber ingressos de graça para grandes eventos, patrocinados pelo Município, a partir do que acontece com a Munchen Fest. Na segunda-feira, os vereadores rejeitaram o projeto. A favor, apenas três votos, do próprio Edilson e dos vereadores Dr. Enoc e Alysson Zampieri.
O projeto, na verdade, continha um equívoco ao autorizar o Poder Executivo a destinar os ingressos, entregues para autoridades e convidados especiais, para as entidades conveniadas com o Município. Convenientemente, os vereadores, tendo à frente Sebastião Mainardes Júnior, se apegaram a esse tropeço constitucional para derrotar o projeto. Se tivesse existido um mínimo de boa vontade de Mainardes Júnior ou de qualquer outro vereador, que votou contra, bastaria fazer a correção, por meio de uma emenda supressiva, retirando o dito equívoco, e a distribuição de ingressos de graça estaria proibida. Mas, como os vereadores são beneficiários dessa mordomia, a preferência foi pela rejeição, pura e simples, porque não querem abrir mão do privilégio, que o povo paga.
Vale lamentar o comportamento da maioria dos membros de nosso Legislativo, nesse episódio, porque, com isso, nossos vereadores demonstram que os escândalos que estão sendo denunciados da Assembleia Legislativa não estão ensinando nada a ninguém. Pelo voto dado, nossos vereadores demonstram que não estão percebendo, ou fazendo de conta em não perceber, que os tempos estão mudando e que a sociedade não está mais aceitando custear mordomias e privilégios de quem ela elege para representá-la.
No começo de abril, o vereador Alessandro Lozza de Moraes assumiu a presidência da Câmara Municipal e, por conta própria, decidiu entregar onze, de uma frota de dezesseis veículos, ao Poder Executivo, colocando um ponto final no cometimento de uma ilegalidade que vinha, de algum tempo, sendo cometida por um grupo de vereadores. Na verdade, pela maioria dos vereadores. Houve choro e ranger de dentes, com protestos contra o presidente da Casa, que se viu acuado em dar continuidade ao que pretendia fazer, em termos de corte de despesas, alcançando, inclusive, o excesso de pessoal. Só que tudo isso acontece dentro das quatro paredes do gabinete da presidência da Casa. No Plenário, em público, ninguém pronuncia uma única palavra. E isso é muito ruim, porque a moralidade na administração pública só pode ser construída a partir da correspondência entre o discurso de campanha e a prática depois dela.
Essa questão da distribuição de ingressos, de graça, dos grandes eventos, patrocinados pelo Município, especialmente, a Munchen Fest, é uma coisa imoral, porque discrimina cidadãos, privilegiando quem mais pode, em relação ao que nos pode, e os que estão mais próximos, em relação aos menos próximos ao poder. É uma discriminação odiosa.
O vereador Edilson Fogaça de Almeida está de parabéns pela iniciativa, enquanto o conjunto da Câmara Municipal perdeu uma grande oportunidade de avançar na conquista do respeito da população.
Disponível em www.adailingles.com.br
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