DEU NO DIÁRIO DOS CAMPOS
Parecer barra fim das cortesias para München
Apesar de ainda faltarem seis meses para a próxima edição da Münchenfest, o evento foi o principal assunto de ontem na Câmara Municipal. Tudo por conta de um projeto apresentado pelo vereador Edilson Fogaça (PTN), que acabava a com a distribuição de ingressos de cortesias a autoridades, destinando-os a entidades filantrópicas. Ainda que muitos elogiassem o mérito da iniciativa, a proposta não foi adiante porque os vereadores aprovaram um parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR).
Pelo projeto, a Prefeitura de Ponta Grossa ficaria autorizada a repassar ingressos a entidades filantrópicas devidamente cadastradas pelo Município. Segundo o autor da proposta, seria uma forma de democratizar o acesso à festa, ao invés de privilegiar quem tem condições de pagar pelo ingresso. "Tem gente nos bairros que nunca foi à München. Por que então não se criar uma cota social? Seria o mais prudente e moralmente aceitável", ressaltou. Cada vereador, por exemplo, recebe uma cota de 20 ingressos para cada dia da festa.
Em seu parecer, contudo, a Comissão de Justiça argumentou que o projeto é inconstitucional, uma vez que caberia apenas ao Executivo decidir sobre a doação dos ingressos. "Sou contrário à distribuição dos ingressos, mas não podemos desrespeitar a decisão da Comissão de Justiça e invadir o que é de mérito exclusivo do Executivo", sustentou Sebastião Mainardes Júnior (DEM), autor do parecer contrário.
A discussão ganhou proporções maiores, com parlamentares questionando outros aspectos da festa. Ana Maria de Holleben (PT), por exemplo, defendeu que se estabeleçam valores diferenciados e noite gratuitas, a fim de permitir que pessoas de menor poder aquisitivo compareçam à München. Já Pascoal Adura (PMDB) foi radical e sugeriu que se acabe com a festa. "Ela deixou de ter o seu fundamento, só dá prejuízo. Então, que se acabe com a München de uma vez e se resolva todos os problemas", sentenciou.
A única voz dissonante foi de George de Oliveira (PMN), que questionou: "algum dos vereadores recusou os ingressos ou doou a alguma entidade? Eu nunca recusei, então não tenho moral para defender que se acabe com a distribuição", frisou. Diante do parecer contrário, a sugestão de alguns vereadores é que se elabore um ofício ao Executivo, abrindo mão dos ingressos de cortesia. Na votação, o parecer foi aprovado com 13 votos favoráveis, sendo contrário apenas Fogaça e Alysson Zampieri (PPS). Com isso, o projeto foi arquivado. (Anderson Gonçalves)
Apesar de ainda faltarem seis meses para a próxima edição da Münchenfest, o evento foi o principal assunto de ontem na Câmara Municipal. Tudo por conta de um projeto apresentado pelo vereador Edilson Fogaça (PTN), que acabava a com a distribuição de ingressos de cortesias a autoridades, destinando-os a entidades filantrópicas. Ainda que muitos elogiassem o mérito da iniciativa, a proposta não foi adiante porque os vereadores aprovaram um parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR).
Pelo projeto, a Prefeitura de Ponta Grossa ficaria autorizada a repassar ingressos a entidades filantrópicas devidamente cadastradas pelo Município. Segundo o autor da proposta, seria uma forma de democratizar o acesso à festa, ao invés de privilegiar quem tem condições de pagar pelo ingresso. "Tem gente nos bairros que nunca foi à München. Por que então não se criar uma cota social? Seria o mais prudente e moralmente aceitável", ressaltou. Cada vereador, por exemplo, recebe uma cota de 20 ingressos para cada dia da festa.
Em seu parecer, contudo, a Comissão de Justiça argumentou que o projeto é inconstitucional, uma vez que caberia apenas ao Executivo decidir sobre a doação dos ingressos. "Sou contrário à distribuição dos ingressos, mas não podemos desrespeitar a decisão da Comissão de Justiça e invadir o que é de mérito exclusivo do Executivo", sustentou Sebastião Mainardes Júnior (DEM), autor do parecer contrário.
A discussão ganhou proporções maiores, com parlamentares questionando outros aspectos da festa. Ana Maria de Holleben (PT), por exemplo, defendeu que se estabeleçam valores diferenciados e noite gratuitas, a fim de permitir que pessoas de menor poder aquisitivo compareçam à München. Já Pascoal Adura (PMDB) foi radical e sugeriu que se acabe com a festa. "Ela deixou de ter o seu fundamento, só dá prejuízo. Então, que se acabe com a München de uma vez e se resolva todos os problemas", sentenciou.
A única voz dissonante foi de George de Oliveira (PMN), que questionou: "algum dos vereadores recusou os ingressos ou doou a alguma entidade? Eu nunca recusei, então não tenho moral para defender que se acabe com a distribuição", frisou. Diante do parecer contrário, a sugestão de alguns vereadores é que se elabore um ofício ao Executivo, abrindo mão dos ingressos de cortesia. Na votação, o parecer foi aprovado com 13 votos favoráveis, sendo contrário apenas Fogaça e Alysson Zampieri (PPS). Com isso, o projeto foi arquivado. (Anderson Gonçalves)
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