ELEIÇÕES 2010

Divergências e disputa de poder atingem comando da campanha de Dilma

O comando da campanha de Dilma Rousseff à Presidência enfrenta disputas de poder e "fogo amigo" do PT. Subdividida em várias "repartições", que ocupam três casas e um andar de hotel, a equipe tem sofrido críticas dos próprios petistas por ruídos de comunicação da pré-candidata em público e na internet, mas, na prática, o problema é político.


Na primeira eleição disputada pelo PT sem Luiz Inácio Lula da Silva na chapa presidencial, a distribuição de tarefas obedece a comandos que nem sempre falam a mesma língua. O coordenador-geral da campanha é o presidente do PT, José Eduardo Dutra, que representa o partido na difícil negociação dos palanques com o PMDB e demais aliados. Há outros dois caciques no núcleo político: o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e o deputado Antônio Palocci (PT-SP).

Pimentel fala em nome de Dilma e Palocci é o homem de Lula. A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, quer fortalecer Dutra e escantear Pimentel, que, apesar de ser da mesma ala, abriu dissidência no grupo. Ex-ministro da Fazenda, Palocci cuida mais, por enquanto, da aproximação de Dilma com os empresários. Coube a Palocci, também, bater o martelo sobre o tesoureiro da campanha, que será o ex-prefeito de Diadema, José Di Filippi Júnior. No périplo pela reeleição, em 2006, Filippi chefiou o comitê financeiro de Lula.

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