ELEIÇÕES 2010
Sobre a decisão do TSE de que as coligações só poderão ter dois candidatos ao Senado
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de não admitir que os partidos façam coligações diferentes ao Senado e ao governo estadual ameaça candidaturas nos estados. Na avaliação das legendas, a decisão deixa a eleição mais polarizada em torno de partidos maiores, que dispõem de mais tempo de TV, e, portanto, têm maior influência sobre a definição dos candidatos da aliança.
Na última terça (11), ao responder a consultas feitas pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), o tribunal afirmou que as legendas que se coligarem ao governo do estado só podem lançar dois candidatos ao Senado. Com isso, alianças onde há três nomes ou mais para o cargo terão de optar.
A tese é apoiada pelo secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), para quem as eleições majoritárias “são para gente grande” e partidos que têm tempo maior de TV. A possibilidade de dividir as coligações para lançar mais candidatos ao Senado não estava nos planos do PT em nenhum estado.
Apesar disso, o PT vive um impasse semelhante ao reproduzido nas consultas. No Paraná, o partido quer lançar Gleisi Hoffmann ao Senado. Na base, há outros nomes colocados, como o do senador Osmar Dias (PDT) e do ex-governador Roberto Requião (PMDB). Orlando Pessuti, vice de Requião, assumiu o governo e pode se candidatar à reeleição.
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