Governo admite dificuldades para pagar reajuste aos servidores

O governador Orlando Pessuti (PMDB) admitiu ontem que o Estado enfrenta dificuldades financeiras para pagar o reajuste salarial de 5% do funcionalismo público. A reposição, aprovada em março pela Assembleia Legislativa, não entrou na folha de pagamento de maio. Na segunda-feira, Pessuti se reúne com os secretários da Fazenda, Heron Arzua, e da Administração, Maria Marta Lunardon, para discutir a data de implantação dos novos salários.

A alegação de falta de recursos é contestada pelos sindicatos que representam os servidores públicos, a oposição, e até dentro do grupo político do próprio governo. O impacto mensal na folha de pagamento é estimada em R$ 38 milhões. O Estado alega que a receita total nos primeiros quatro meses de 2010 teria sido 4% menor do que a prevista no Orçamento, uma diferença de quase R$ 700 milhões entre o projetado e arrecadado.

A oposição questiona ainda o fato do governo dizer que não tem dinheiro para pagar o reajuste do funcionalismo, ao mesmo tempo em que está solicitando à Assembleia autorização para promover gastos com novas obras. Na semana que vem, a Casa deve votar pedido de suplementação orçamentária de R$ 100 milhões para a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano, para a realização de obras de recuperação asfáltica em vias urbanas de 394 municípios paranaenses.

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