PONTO DE VISTA
O ideal é que cada deputado publique sua relação de assessores
Publicado sábado, 01 de maio de 2010 - Gonçalves de Castro
A palavra “transparência” no discurso político já está ficando gordurosa, quase sem sentido, eis que, de tanto pronunciada e de tanto injuriada, ela já estaria por merecer um questionamento a respeito de seu verdadeiro significado. Transparência, até onde se sabia, é mostra. Simples, sem qualquer adjetivo. A luz do sol é transparente.
No meio das denúncias da esculhambação moral da Assembleia Legislativa, seria desejável que os quatro deputados, por Ponta Grossa, tomassem a iniciativa de publicar em seus sites as respectivas relações de seus assessores. Ora, se todos são pagos com o dinheiro público, nada mais justo do que promover uma revelação natural. Nossos quatro deputados estão a dever esse tipo de transparência.
É verdade que o deputado Marcelo Rangel, do PPS, foi o único a se pronunciar na Assembleia Legislativa, fazendo a leitura de uma nota oficial da bancada de seu partido, onde foi pedido o afastamento do deputado Nelson Justus, da presidência da Assembleia Legislativa. Causou um mal estar entre os demais deputados.
Mas, pensando bem, o deputado Marcelo Rangel não foi o único a se pronunciar. Tivemos o pronunciamento, de repercussão nacional, do deputado Jocelito Canto, dizendo que o caixa dois é prática comum entre os políticos, fazendo um desafio aos seus colegas deputados: “Vamos ser sinceros, quem é, aqui, que não tem caixa dois?”
Depois, tivemos a presença do deputado Péricles de Holleben Mello, na Tribuna, para esclarecer que, de uma relação de servidores atribuída ao deputado Nelson Justus, um seria seu. Que, pelo visto, deve lhe prestar serviços no litoral do Estado, ainda que a base eleitoral do deputado seja em Ponta Grossa e nos municípios dos Campos Gerais.
Quem nada disse a respeito foi o deputado Plauto Miró Guimarães Filho.
Nas denúncias da RPCTV e do jornal “Gazeta do Povo”, há uma listagem de assessores de cada um dos 54 deputados estaduais. Há quem diga que essa listagem estaria defasada, sem atualização. É possível, considerando que as investigações datam de dois anos. Assim, de repente, há nomes nessas listas que nem mais prestam serviços aos nossos deputados. Por isso mesmo, seria muito bom e oportuno que os nossos quatro deputados, por Ponta Grossa, liberassem, para o público, a lista de seus respectivos assessores, pura e simplesmente.
Gostaria tanto de poder estar enaltecendo a figura de nossos quatro deputados, quem sabe três, dois, no mínimo um. Porém, nenhum adotou uma atitude clara, transparente, limpa, mostrando o quanto recebe da Assembleia Legislativa e o quanto gasta. Uma espécie de balancete do respectivo gabinete.
Num momento de esculhambação moral, quem fizesse isso seria um herói. Um espécime raro da transparência. Sem adjetivo.
Disponível em www.adailingles.com.br
Publicado sábado, 01 de maio de 2010 - Gonçalves de Castro
A palavra “transparência” no discurso político já está ficando gordurosa, quase sem sentido, eis que, de tanto pronunciada e de tanto injuriada, ela já estaria por merecer um questionamento a respeito de seu verdadeiro significado. Transparência, até onde se sabia, é mostra. Simples, sem qualquer adjetivo. A luz do sol é transparente.
No meio das denúncias da esculhambação moral da Assembleia Legislativa, seria desejável que os quatro deputados, por Ponta Grossa, tomassem a iniciativa de publicar em seus sites as respectivas relações de seus assessores. Ora, se todos são pagos com o dinheiro público, nada mais justo do que promover uma revelação natural. Nossos quatro deputados estão a dever esse tipo de transparência.
É verdade que o deputado Marcelo Rangel, do PPS, foi o único a se pronunciar na Assembleia Legislativa, fazendo a leitura de uma nota oficial da bancada de seu partido, onde foi pedido o afastamento do deputado Nelson Justus, da presidência da Assembleia Legislativa. Causou um mal estar entre os demais deputados.
Mas, pensando bem, o deputado Marcelo Rangel não foi o único a se pronunciar. Tivemos o pronunciamento, de repercussão nacional, do deputado Jocelito Canto, dizendo que o caixa dois é prática comum entre os políticos, fazendo um desafio aos seus colegas deputados: “Vamos ser sinceros, quem é, aqui, que não tem caixa dois?”
Depois, tivemos a presença do deputado Péricles de Holleben Mello, na Tribuna, para esclarecer que, de uma relação de servidores atribuída ao deputado Nelson Justus, um seria seu. Que, pelo visto, deve lhe prestar serviços no litoral do Estado, ainda que a base eleitoral do deputado seja em Ponta Grossa e nos municípios dos Campos Gerais.
Quem nada disse a respeito foi o deputado Plauto Miró Guimarães Filho.
Nas denúncias da RPCTV e do jornal “Gazeta do Povo”, há uma listagem de assessores de cada um dos 54 deputados estaduais. Há quem diga que essa listagem estaria defasada, sem atualização. É possível, considerando que as investigações datam de dois anos. Assim, de repente, há nomes nessas listas que nem mais prestam serviços aos nossos deputados. Por isso mesmo, seria muito bom e oportuno que os nossos quatro deputados, por Ponta Grossa, liberassem, para o público, a lista de seus respectivos assessores, pura e simplesmente.
Gostaria tanto de poder estar enaltecendo a figura de nossos quatro deputados, quem sabe três, dois, no mínimo um. Porém, nenhum adotou uma atitude clara, transparente, limpa, mostrando o quanto recebe da Assembleia Legislativa e o quanto gasta. Uma espécie de balancete do respectivo gabinete.
Num momento de esculhambação moral, quem fizesse isso seria um herói. Um espécime raro da transparência. Sem adjetivo.
Disponível em www.adailingles.com.br
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