Osmar “estica” suspense e nega acerto com PSDB




O senador Osmar Dias (PDT) desmentiu o presidente do PSDB do Paraná, deputado Valdir Rossoni, que afirmou que as negociações estavam concluídas para que os pedetistas apóiem a candidatura do ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), ao governo do Estado. “Se estivesse tudo certo, eu não estaria conversando com a Executiva do PDT e com outros partidos. Prefiro não comentar as declarações do Rossoni”, disse o pedetista.

Na tentativa de forçar Dias a desistir de disputar o Palácio das Araucárias e apoiar a candidatura de Richa, na última segunda-feira, Rossoni garantiu inclusive que uma entrevista coletiva seria convocada pelo pedetista, ainda esta semana, para anunciar a aliança. Questionado ontem sobre a reação de Osmar, o tucano reiterou sua previsão de que o acordo está fechado. “Não temos mais dúvida. Só está faltando eles (o PDT) confirmarem”, disse.

O pedetista porém, apesar das declarações cautelosas, sinaliza que ainda aguarda a manifestação da Executiva nacional sobre a política de alianças nos estados e segue negociando com possíveis aliados na tentativa de viabilizar sua candidatura. Segundo Dias, a reunião com membros da Executiva pode acontecer ainda nesta quarta-feira. “É uma questão de acertar a agenda. Não teve reunião nenhuma da Executiva hoje (ontem). Não precisa de reunião, já que a situação de cada estado será analisada separadamente”, afirmou o senador.

Questionado se a decisão sobre seu futuro eleitoral sairia ainda nesta semana, Dias foi evasivo. “Há um ano vocês me perguntam se a decisão sai nesta semana”, comentou.

Os tucanos, que realizam convenção estadual no próximo sábado, cogitam inclusive a possibilidade de deixar em aberto uma das vagas para candidatura ao Senado, que ficaria a espera de Dias. A outra vaga já é ocupada pelo deputado federal Ricardo Barros (PP).

Se de um lado, o PSDB faz pressão pela desistência do pedetista em concorrer ao governo, de outro os petistas trabalham para viabilizar o projeto eleitoral do senador e garantir assim um palanque forte no Paraná para a presidenciável Dilma Roussef. Os esforços petistas estão voltados para o governador Orlando Pessuti (PMDB), a quem tentam convencer a desistir de disputar a reeleição e apoiar Dias. Neste cenário, os peemedebistas teriam inclusive direito de indicar o candidato a vice-governador. Os deputado federais Marcelo Almeida e Rodrigo Rocha Loures são os mais cotados.

Ontem, Pessuti voltou a garantir que não abrirá mão de sua candidatura. O peemedebista afirmou em entrevista coletiva que pode disputar a eleição apoiado pelo PT, PR, PC do B, PRB e PSC. “As conversas estão acontecendo e tudo irá ser definido na nossa Convenção marcada para o dia 27” afirmou.

O PT paranaense mantém a esperança de superar o impasse para unir os três partidos da base aliada no Estado em torno de Osmar Dias. “A posição da direção nacional é de insistir na aliança com Osmar”, disse ontem o presidente estadual do partido, deputado Ênio Verri, lembrando que PT e PMDB marcaram suas convenções estaduais para o mesmo dia, 27 de junho, com vistas a fechar um acordo até lá.

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