As "últimas" das eleições na Assembleia Legislativa do PR

A indicação do deputado e presidente do PSDB do Paraná, Valdir Rossoni, como candidato único de situação para a presidência da Assembleia Legislativa para 2011 provocou ontem a primeira rebelião na base política do governador eleito, Beto Richa (PSDB). Um grupo de aliados do tucano que apoiavam a candidatura do deputado Durval Amaral (DEM) não gostou da escolha, anunciada na semana passada, depois que o próprio Amaral desistiu da disputa a pedido de Richa. Eles ameaçam formar uma outra chapa para bater de frente contra o escolhido do governador.

A eleição para a presidência da Assembleia acontece em 2 de fevereiro do ano que vem, um dia após a posse dos deputados eleitos e reeleitos. Rossoni e Durval Amaral reivindicavam o posto. Na última sexta-feira, porém, o democrata anunciou sua desistência a pedido de Richa, sob o argumento de que uma disputa poderia atrapalhar a formação da base de sustentação do novo governo no Legislativo. Em troca, ele teria um cargo garantido no primeiro escalão da futura administração, podendo assumir a chefia da Casa Civil ou a Secretaria de Estado da Fazenda.

Ontem, porém, parlamentares que integram essa base de apoio comentavam, nos bastidores da Assembleia, que a escolha não foi bem recebida. Aliados de Richa que apoiavam a candidatura de Durval Amaral - o ex-presidente da Assembleia e atual presidente do Tribunal de Contas, Hermas Brandão; o atual presidente do Legislativo estadual, Nelson Justus (DEM), e o deputado e atual primeiro-secretário Alexandre Curi (PMDB) - teriam se sentido “atropelados” pelo governador, que ao indicar a preferência por Rossoni, tentou antecipar o processo justamente para evitar o trauma de uma disputa.