Polêmica no final dos trabalhos da Assembleia Legislativa
Uma discussão que deve “esquentar” a reta final dos trabalhos do Legislativo é sobre o projeto do governo Pessuti que regulamenta a criação da Defensoria Pública do Paraná - órgão que ofereceria assistência jurídica gratuita à população carente do Estado. A proposta está empacada há meses por conta de manobras da base do futuro governo, que defende que a votação seja adiada para 2011, já sob a nova administração. A alegação é de que os recursos previstos no Orçamento no ano que vem, de R$ 28 milhões, não seriam suficientes para cobrir os custos da implantação do órgão.
Deputados da base do atual governo contestam, afirmando que os recursos são suficientes, e que a implantação poderá ser feita de forma paulatina pela nova administração. Na semana passada, o líder da bancada de oposição, deputado Élio Rusch (DEM), pediu vistas do projeto de criação da Defensoria na Comissão de Finanças, admitindo que o pedido foi apenas uma manobra para protelar a votação e evitar que a proposta chegue ao plenário ainda este ano.
Rusch não deu prazo para devolver o projeto, mas deve ser pressionado a reapresentá-lo na sessão de amanhã da comissão. Parlamentares aliados do novo governo, porém, podem esvaziar a reunião para que ela seja derrubada por falta de quórum, como já aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como na semana seguinte a Casa encerra os trabalhos, o projeto poderia ser arquivado sem chegar ao plenário, por força dessas manobras.
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