Câmara vai decidir hoje sobre valor do salário mínimo
A Câmara dos Deputados marcou para hoje a decisão sobre o novo valor do salário mínimo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se antecipou e foi ontem ao Congresso. Ele disse que um reajuste acima de R$ 545 pode levar a um descontrole das contas públicas. Sindicalistas e oposição insistem em um valor maior.
Os dois lados saíram em campo: representantes das centrais sindicais para fazer campanha a favor de um salário mínimo de R$ 560 – R$ 20 a menos do que vinham reivindicando nas últimas semanas. “A palavra é recuo mesmo. Nós estamos fazendo um gesto ao governo de dar R$ 15 a mais por mês. Essa é a proposta que nós estamos fazendo para o governo agora para fazer um acordo”, afirma o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), da Força Sindical.
O governo alertou os partidos, inclusive os de oposição, de que a hora não é de aumentar, mas de cortar gastos. Nos últimos três anos, o reajuste do salário mínimo foi feito com base em um acordo firmado entre o governo e as centras sindicais.
O cálculo leva em conta a inflação do ano anterior e o PIB, a soma de tudo o que é produzido na economia do país, de dois anos atrás. Como em 2009, o PIB foi negativo, o aumento do mínimo para este ano ficou menor do que queriam as centrais sindicais.
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