Maurício Silva promete gestão ‘técnica’ no Legislativo

Parabéns ao exímio jornalista Anderson Gonçalves, do Jornal Diário dos Campos, pela entrevista realizada com o presidente da Câmara Municipal de Ponta Grossa, vereador Maurício Silva, sobre os rumos do Poder Legislativo. Importante para ambos os lados, entrevistador e entrevistado, a isenção diante da responsabilidade de informar com ética e credibilidade. Todos sabem que a Câmara está promovendo a reforma administrativa e que muitas medidas ainda serão tomadas, mas sempre primando pelo respeito a pessoas e instituições democráticas. Confira trechos da entrevista em destaque neste domingo:

Após anos de relativa calmaria, a Câmara Mu­nicipal de Ponta Grossa assistiu no final do ano passado a uma das eleições mais disputadas de sua história. Com apenas um voto de diferença, o vereador Maurício Silva (PSB) foi eleito presidente do Legislativo pelos próximos dois anos. Não bastassem as pendências legislativas e administrativas, o novo presidente ganhou a responsabilidade de administrar uma crise política entre os parlamentares. A solução, de acordo com ele, é implantar uma gestão “extremamente técnica”, procurando tratar todos os vereadores de maneira uniforme.

Na última semana, Mau­rício recebeu a reportagem do Diário dos Campos em seu gabinete. A tranquilidade expressada pelo vereador nem de longe lembra o furacão em que se transformou o prédio da Câmara no final do ano passado. “Em sã consciência não tem vereador nenhum que queira prejudicar o andamento dos trabalhos”, explica. Na próxima quarta-feira os vereadores voltam ao plenário para o período de sessões ordinárias. Reforma administrativa, definição das comissões permanentes e aumento no número de vereadores são apenas algumas das questões espinhosas que caberão ao novo presidente encaminhar.

DC – E a reforma administrativa, a quantas anda?
MAURÍCIO – Fizemos duas reuniões e avaliamos o relatório da comissão que no ano passado fez um estudo bastante amplo sobre os cargos. Na primeira reunião foi exposta a situação, o que poderia ser aproveitado daquela comissão e mais algumas observações. Os demais membros pediram um prazo para analisar esses documentos. As reuniões estão sendo bem proveitosas, os vereadores têm a consciência de que essa reforma precisa ser feita. Desde que assumi meu primeiro mandato há uma outra visão administrativa da Casa. Acredito que, se não fosse o problema do rombo, talvez essa reforma já tivesse sido providenciada.

DC – Já existe ao menos uma estimativa de quantos cargos deverão ser cortados ou criados?
MAURÍCIO – Nós não nos ativemos a nome de nin­guém. Pegamos cargos, fun­ções e estamos fazendo estudos em cima disso. Não quero adiantar números para preservar essas discus­sões. Teremos um projeto que será elaborado e antes disso vamos conversar com a Mesa e com os demais vereadores. Não quero dizer algum número e depois a in­formação ser contrariada, até porque os estudos ainda estão ocorrendo.

DC – Mas vai haver um enxugamento no quadro funcional?
MAURÍCIO – A ideia é fazer uma administração da presidência extremamente técnica, ter as funções bem determinadas dentro da Casa e as pessoas que vão exercer aquelas funções. Não vamos, em hipótese alguma, misturar o gabinete da presidência com a questão política, que é no meu gabinete. Vamos procurar fazer essa reforma de uma maneira bem técnica e dar tratamento uniforme a todos os vereadores.

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