LIXO - Secretário rebate denúncias e destaca sistema defendido pela PMPG
A empresa que forneceu o estudo à atual concessionária do serviço de coleta e remoção do lixo, de acordo com o secretário de Meio Ambiente, “não conhece o projeto e distorce fatos para chegar à conclusão para a qual parece ter sido contratada”.
Para o secretário de Meio Ambiente, o novo sistema de processamento do lixo da cidade, proposto pela Prefeitura, vai – ao contrário do que vem afirmando a empresa PGA – beneficiar a comunidade e a cidade toda: “a receita deve aumentar, pois teremos novas indústrias atraídas por um conceito moderno e eficiente de eliminação dos resíduos sólidos, e também maior crescimento populacional, com desenvolvimento, a médio prazo, para todos”.
Fernando de Paula também diz que enquanto os levantamentos feitos pela prefeitura a respeito do novo sistema de processamento estão todos à disposição da comunidade, “ninguém sabe, ninguém viu nem conhece a fundo os estudos da empresa francesa. Quais foram os parâmetros adotados? Os franceses? Pois isso não serve para nossa realidade”. Um exemplo dessa disparidade, segundo De Paula, é que “a quantidade de lixo tratado será exatamente aquela que é paga hoje para a coleta feita pela Ponta Grossa Ambiental”.
Para ele, já foi exposto aos vereadores e divulgado pela imprensa que a tecnologia proposta permite a reciclagem de no mínimo 90% do material recolhido, “com isso trazendo de fato economia para a população”. Ele também explica que o valor máximo proposto (de R$ 60) e uma parcela mínima de 50% de gás ou energia elétrica (a serem utilizados de acordo com deliberação do poder público contratante) “fazem com que a conta seja de fato bastante favorável à Prefeitura de Ponta Grossa, gerando uma economia que pode chegar a R$ 150 mil por mês”.
Se ao invés de R$ 60 a licitação terminar com uma proposta vencedora de R$ 50/tonelada, “não haverá aumento dos gastos com o processo”. Além disso, completa, “teremos um tratamento de primeiro mundo, com tecnologia de ponta, e isso sem nem mencionar os ganhos ambientais, que não são pequenos. Afinal de contas, qual é o custo, para a prefeitura e para a comunidade, da recuperação do ambiente poluído”?
Fernando de Paula reitera que falar em “superfaturamento” é absolutamente descabido, porque “não haverá nenhum custo para a Prefeitura de Ponta Grossa para a implantação da usina”, segundo o modelo já submetido à apreciação dos vereadores e aguardando decisão da Câmara.
Quanto ao Ministério Público, Fernando de Paula rebate a versão de que há “suspeitas”: “tivemos o cuidado de apresentar nosso projeto tanto ao promotor Saint-Clair Honorato dos Santos quanto ao promotor Silvio Couto Neto, incluindo a proposta tecnológica de reciclagem e tratamento de resíduos sólidos urbanos sem o emprego de incineração. E recebemos de ambos o sinal verde para contratar esse serviço, tendo também a garantia de que serão informados de todas as etapas do processo”.
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