Corrida para eleições 2012 já começou

A mais de um ano da eleição que definirá novos prefeitos e vereadores em todas as cidades brasileiras, os principais partidos políticos do País já estão mergulhados nos preparativos para a corrida. De um lado, integrantes da base aliada dizem que o plano agora é concentrar as atenções no fortalecimento partidário, uma vez que o projeto de assegurar a eleição da presidenta Dilma Rousseff foi cumprido em 2010. De outro, a oposição trabalha para realinhar o discurso e manter o controle de capitais e municípios estratégicos, em especial nas regiões onde perdeu espaço nos últimos anos.

No PT, a ordem é antecipar o calendário eleitoral e definir as candidaturas nas principais cidades do País antes do fim deste ano. “O PT está mobilizado e unido para a disputa das eleições de 2012”, disse o presidente do partido, Rui Falcão, depois de um giro por várias capitais das regiões Norte e Nordeste no último final de semana.

A reforma do estatuto do PT, que será votada em setembro, pode facilitar ainda mais o processo. Uma das propostas em estudo impõe uma série de restrições para a realização de prévias. Com isso, as disputas internas terão menos impacto no calendário eleitoral petista.

As “intervenções brancas” nos diretórios estaduais também fazem parte do projeto do PSDB para a eleição do ano que vem. O partido tem falado em dar “atenção especial” ao Nordeste, tradicional reduto do PT e região na qual a presidenta Dilma Rousseff venceu o tucano José Serra em todos os Estados.

Atualmente, o PSDB controola 800 municípios em todo o País. Para 2012, o objetivo é ultrapassar 900. Para isso, o partido está conduzindo uma avaliação cuidadosa do cenário eleitoral, Estado por Estado. A sigla tentará compensar o fato de ter assistido à derrota de alguns de seus principais líderes regionais na eleição do ano passado.

O quadro ainda é incerto em relação a alguns, como o DEM, que viu parte de seus quadros se transferir para o PSD, nova legenda que está sendo criada pelo prefeito Gilberto Kassab. É o caso também do o PV, que se cacifou em 2010 com a candidatura presidencial da ex-senadora Marina Silva e agora terá de colocar ordem na casa para disputar as eleições de 2014. Em decorrência da disputa interna travada com a direção nacional do PV, Marina decidiu na semana passada deixar o partido e a expectativa, por enquanto, é de que ela crie uma nova sigla somente em 2013.

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