Câncer de Lula deve ajudar candidatos nas eleições de 2012, diz 'The Economist'
Apesar de o tratamento contra o câncer na laringe diminuir a participação de Luiz Inácio Lula da Silva na pré-campanha eleitoral, a doença dará mais peso aos candidatos indicados pelo ex-presidente, de acordo com um artigo publicado pela revista britânica "The Economist" nesta sexta-feira. A reportagem intitulada 'Uma nova batalha para Lula' analisa as implicações políticas do diagnóstico do câncer do ex-presidente, que passou pela primeira sessão de quimioterapia esta semana.De acordo com a publicação, a não ser que Lula tenha uma recuperação fantástica, a maioria dos candidatos vai ter que fazer campanha sem Lula ao lado. Mas "as poucas palavras que o ex-presidente proferir serão difíceis de ignorar", disse a revista.
Já a presidente Dilma Rousseff, segundo a "Economist", pode andar com seus próprios pés. Mesmo que ela goste de falar de seu antecessor, a presidente pediu pela saída de todos os ministros envolvidos em escândalos de corrupção, o que contrariou a vontade de Lula, que havia pedido que ela os mantivesse nas pastas.
Sobre uma possível reeleição de Lula, o artigo salienta que a chegada de Dilma na presidência prova que sobreviventes do câncer podem se eleger no Brasil. No entanto, o texto ressalva que, mesmo que os prognósticos de Lula sejam "muito bons", as vozes que apoiam seu terceiro mandato devem desaparecer, por enquanto. oglobo