Opinião: O final melancólico do prefeito Pedro Wosgrau Filho

Depois de três mandatos, obras que ficaram para a história da cidade como o Centro de Eventos, terminais de ônibus, hospital regional, hospital infantil, trinta Cmeis, dezenas de CAS, biblioteca municipal, restaurante popular, centro desportivo para deficientes e futura arena olímpica, Wosgrau, que tinha tudo para eleger seu sucessor, acabou traído pelo seu aliado de anos, ou deixou-se trair pelo seu aliado histórico.

Wosgrau, que teve uma vitória homérica contra o então jovem Sandro Alex, fez um desfile pela Balduíno Taques e Avenida Vicente Machado, comemorando a vitória no segundo turno, que teve a maior concentração de pessoas nas ruas na história da cidade de Ponta Grossa e que tive o prazer e o privilégio de estar ao lado do Wosgrau naquele desfile. Com certeza, levarei até o final de minha vida como um dos momentos inesquecíveis na política.

Agora, Wosgrau tem que inventar uma licença para ver o seu afiliado Alessandro levar o cadáver do PSDB a coligar com PPS e com malfadado DEM. Wosgrau tem que se esconder, dizendo ser neutro, a pedido de seus desafetos. Wosgrau, que tem quase 70 por cento de aprovação da população, precisará sair pelas portas do fundo da Prefeitura.

Pobre Wosgrau, dá pena de ver o humilhante e vexatório epílogo que seu traidor e aliado histórico o impôs. Se Wosgrau realmente sai de cena por um mísero cargo de presidente de uma falida SANEPAR, sinto dupla pena do meu amigo Pedro Wosgrau Filho. Estou muito triste, mas se este foi o final escolhido pelo meu amigo ao fim de uma brilhante carreira, só tenho que respeitar e me resignar a dizer: "Adeus, Wosgrau, obrigado pelo que fez pelo povo de nossa cidade!"