As reformas administrativas de Rangel mostram vontade de acertar e de inovar

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As reformas administrativas que foram enviadas à Câmara Municipal de Ponta Grossa-PR para votação e que passam a valer para 2013, insofismavelmente, mostram a votade do prefeito eleito Marcelo Rangel de inovar e tentar acertar em sua administração em sintonia com suas propostas de campanha.

A Secretaria da Segurança que será criada, se for destinada a um profissional da área de segurança, efetivamente, pode fazer com que haja a separação necessária entre a AMTT e a Guarda Municipal.

A Guarda Municipal, conforme constatamos com a CPI da Segurança Pública do Municipio de Ponta Grossa-PR, é hoje o “para-choque” da PM , da Polícia Civil e até da Policia Federal na cidade, precisando “tomar” as comunidades com maior índice de criminalidade através de construções de módulos fixos municipais da guarda-municipal. Aliado a um maior efetivo e maior número de viaturas, podem sim, ser uma solução imediata na contenção de assaltos, arrombamentos, estupros, e até no combate ao tráfico de armas e drogas. Basta que a Guarda Municipal ocupe os módulos fixos da comunidade com a proteção de bens públicos e com a integração de informação com a PM , Polícia Civil e Polícia Federal,  a criminalidade em Ponta Grossa vai cair muito. Isto dá pra fazer!

Outro ponto específico é a Fundação do Esporte que, se ocupada com profissional que se dedique a programas de inclusão social será um grande avanço para nossa cidade. Há necessidade que se reative os campeonatos nos “campinhos dos bairros” e que se leve a estrutura da Secretaria de Esportes e da Fundação aos bairros. Não se pode gerir o esporte e a inclusão através do esporte em gabinetes da prefeitura. Isto dá pra fazer!

A Secretaria do Meio Ambiente é primordial e vai de encontro com a necessidade do crescimento sustentável. Há duas semanas atrás a Câmara Municipal de Ponta Grossa votou a aprovou que o municipio de Ponta Grossa comprasse áreas de terras rurais com mata nativa no municipio de Tibagi para poder deixá-la como reserva legal obrigatória do municipio. Isto porque faz-se desmatamento para criação dos bairros Cachoeira, Cachoeirinha e Centenário, ocorrida nos anos 90, e não deixou-se a reserva legal obrigatória prevista no Estatuto das Cidades. Temos a questão do aterro sanitário, da coleta seletiva, da usina de reciclagem de sólidos, da cooperativa de catadores de papel, etc. Já vem tarde esta secretaria do meio ambiente. Isto dá pra fazer!

A super-secretaria que será criada, de Gestão Financeira e Negócios Jurídicos, compreenderá a questão de integração do planejamento do municipio, a questão do mérito e da admissibilidade jurídica do fato ou do evento e ainda a integração com o financeiro, com a contabilidade e com a Controladoria do Municipio. Esta reforma era necessária desde a época do Governo Otto Cunha. Vem atrasada e pode sanar um problema sério da estrutura administrativa da prefeitura que é a de gestão da informação e da confiabilidade das informações geradas. Isto dá pra fazer!

Infelizmente, o prefeito eleito Marcelo Rangel não criou a Secretaria da Mulher. A mulher pontragrossense mudou, as donas de casa querem se capacitar e ir ao mercado de trabalho. As leis de proteção da mulher evoluiram, como o caso da Lei Maria da Penha, e as politcas públicas do municipio de Ponta Grossa não evoluiram. A estrutura de atendimento e capacitação da mulher pontragrossense é a mesma do primero governo Wosgrau de 1986.  Colocar senhoras fazendo bingo e bailes no Jardim América, como vimos em gestões passadas, não é politica pública de atendimento à mulher. Isto dava pra fazer!

No mais, é esperarmos que a gestão do prefeito eleito Marcelo Rangel atinja a maioria de suas metas e propostas de campanha, pois quem ganhará com isto será a população mais carente da cidade, que mais necessita de politicas públicas eficientes.