Historiadora deve pedir volta do coração de Dom Pedro I ao Brasil
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Na primeira fase da pesquisa, apresentada na última segunda para obtenção do título de mestrado, Valdirene exumou os restos mortais do imperador e de suas duas mulheres, Leopoldina e Amélia, sepultados na cripta do Monumento à Independência, no Ipiranga, zona sul de São Paulo. O material passou por uma série de exames na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e a pesquisa serviu para desmentir episódios da história e confirmar outros - como a "lenda" de que a imperatriz Leopoldina teria sido empurrada escada abaixo e fraturado um fêmur (mas os exames não demonstraram nada), as quatro costelas fraturadas de Dom Pedro I (resultado de acidentes a cavalo) e a revelação de que a segunda mulher do imperador, Dona Amélia, está mumificada.
Em breve, um pedido formal deve ser feito à prefeitura de Porto e à Venerável Ordem de Nossa Senhora da Lapa, que administra a igreja. Os responsáveis pela guarda do coração de D. Pedro I, segundo apurou o Estado em Portugal, estão abertos a que se retire uma amostra do órgão para estudo. No entanto, impõem como condição que seja garantida a integridade do coração. Sobre a possibilidade de trazer o órgão ao Brasil para tomografias, ainda não se manifestaram.