Câmara dos Deputados se prepara para votar mudanças penais
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As três primeiras proposições que entram na pauta são alterações referentes a crimes contra a vida, o patrimônio e a saúde pública. Para os casos de homicídios simples, a ideia é ampliar a pena mínima de seis para oito anos de prisão. Para os homicídios qualificados, seriam mantidas as penas entre 12 e 30 anos de prisão, mas ampliados o rol de agravantes – como os assassinatos motivados por preconceito (de cor, religião ou orientação sexual) e a morte de jornalistas para evitar a publicação sobre práticas criminosas.
Em relação aos crimes patrimoniais, a proposta é reduzir as penas para furto – hoje na faixa de um a quatro anos de prisão – para seis meses a dois anos de prisão. A mudança evitaria as prisões em flagrante no caso de furtos de pequeno valor.
O texto sobre crimes à saúde pública traz mudanças quanto à falsificação ou adulteração de remédios. A faixa de pena é diminuída de 10 a 15 anos para três a 15 anos de prisão.
Pela sequência, a Câmara votará projetos que tratam de crimes contra a liberdade individual (como maus tratos, sequestro e cárcere privado), a paz pública (o principal foco são as milícias de policiais militares), a saúde pública, o meio ambiente, os idosos e, por último, as crianças e adolescentes. Todas as propostas já passaram pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).