Grupos da internet ajudam manifestantes durante os protestos

Além de relatos, vídeos e fotos, as redes sociais possibilitaram a organização de serviços de utilidade pública e redes de apoio a manifestantes – de campanhas convocando moradores a liberar o wi-fi a um mapa colaborativo que divulgava locais com postos de ajuda a feridos, abrigo e pontos de violência.

Também foram compartilhadas dicas a quem fosse nas manifestações: do que vestir na rua a como lidar com bombas de gás lacrimogêneo. Quem não ia aos protestos também não ficava de fora: o movimento #Vemprajanela convocava moradores a colocar panos brancos em suas janelas em sinal de apoio a manifestantes.

O advogado Augusto Botelho publicou o número de seu celular para seus amigos do Facebook para o caso de sofrerem prisões “arbitrárias” na passeata de segunda-feira. “Na da quinta-feira anterior, houve muitas prisões que dependem muito da presença do advogado para contestar a interpretação do delegado”, disse.

Um grupo de advogados de São Paulo criou uma página no Facebook chamada Habeas Corpus Movimento Passe Livre. A iniciativa foi reproduzida em cidades como Porto Alegre e Belém. Segundo Botelho, as postagens ultrapassaram um milhão de compartilhamentos.

Já o grupo Mobilizados surgiu depois da manifestação na capital paulista no dia 13, que ficou marcada pela ação violenta da polícia. Um post no Facebook convidava profissionais a produzir conteúdo para convocar pessoas às ruas. A adesão foi imediata. Em pouco mais de uma semana, a página na rede social já contava com mais de 23 mil “curtidas”. (Fonte: Agência Estado)