Os problemas dos livros em PG e da Câmara parecem ser históricos
Lendo o livro que narra o Diário da Visita do Imperador D. Pedro II a Ponta Grossa, curiosamente tem dois relatos que nos remetem a problemas históricos de Ponta Grossa-PR.
Primeiro:
Da prestação de contas da Câmara Municipal
Da prestação de contas da Câmara Municipal
Em maio de 1880, em seu diário, D. Pedro II relata: “Por ser tardinha não vi Ponta Grossa, um dos pontos mais elevados dos Campos Gerais. Apresenta-se graciosa ao viajante desde a 20 quilometros. .. às cinco horas levantei-me para escrever o diário de ontem. Às sete começo as visitas do dia (na cidade de Ponta Grossa).
Na Câmara Municipal de Ponta Grossa- “ ...bom edificio de sobrado, cadeia em baixo. Pedi os livros da cadeia, mas não apreceram...Renda da limpeza três contos e tanto, vencimentos um conto e tanto. Goza-se no sobrado da Câmara de bela vista dos campos”.
Portanto, não era o forte da Câmara Municipal de Ponta Grossa prestar contas do dinheiro do império. Livros de controle embora solicitados nunca foram apresentados ao imperador. Não mudou muita coisa de lá para cá.
Segundo: A biblioteca e os livros de PG
Clube lietarário de Ponta Grossa: “... o clube literário que já tem bastante livros, embora apertados no armário. Aulas não gostei. Na de meninos até o decurião não soube fazer uma operação de dividir”.
No relato de D. Pedro II vemos que tinhamos livros, bastante, guardados em espaço apertado, portanto inapropriado. Não tinhamos espaço no clube literário para a população ter acesso aos livros. Não tinhamos biblioteca.
O cenário é o mesmo com relação a guarda dos livros e a falta de biblioteca municipal. Menos mal que na época D. Pedro II não quis por fogo nos livros com alguns malucos por ai.
Dados obtidos da obra de Francisco Marques dos Santos, Petropólis, RJ, 1959.
