Dilma sanciona com vetos projeto que dificulta fusão de partidos
A presidente Dilma Rousseff sancionou parcialmente o
projeto de lei que dificulta a criação e fusão de partidos políticos com menos
de cinco anos de fundação. A chefe do Executivo vetou
dois dispositivos da proposta aprovada no início do mês pelo Senado, entre os quais o trecho que determinava, no caso de fusão entre siglas, a abertura de uma janela de 30 dias para para políticos com mandato migrarem sem serem enquadrados na lei de infidelidade partidária, que prevê a perda do mandato. A sanção foi publicada na edição desta quarta-feira (25) do "Diário Oficial da União".
dois dispositivos da proposta aprovada no início do mês pelo Senado, entre os quais o trecho que determinava, no caso de fusão entre siglas, a abertura de uma janela de 30 dias para para políticos com mandato migrarem sem serem enquadrados na lei de infidelidade partidária, que prevê a perda do mandato. A sanção foi publicada na edição desta quarta-feira (25) do "Diário Oficial da União".
Ao justificar ao Congresso o motivo que a levou a vetar o
prazo de migração para legendas criadas por meio de fusões, Dilma argumentou
que o Ministério da Justiça se manifestou contra o dispositivo por entender que
a regra estava em "desacordo" com a Constituição. Segundo o governo,
a mudança atribuiria "prerrogativas jurídicas próprias de partidos criados
àqueles frutos de fusões".
O outro trecho vetado pela presidente tratava do registro
das siglas criadas por meio de fusões. A regra previa que a existência jurídica
do novo partido se daria a partir do registro do estatuto e do programa da
legenda em Ofício Civil do Distrito Federal.
Na avaliação do Executivo, publicada pelo jornal O Globo, os dois dispositivos
"equiparariam" dois mecanismos distintos de formação de partidos
políticos, a criação e a fusão. "Tal distinção é um dos instrumentos garantidores do
princípio da fidelidade partidária, fundamental ao sistema representativo
político-eleitoral", destacou Dilma na justificativa do veto.