Estado e União são condenados por morte de bebê em Ponta Grossa
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região manteve a
condenação do governo do Paraná e da União pela morte de um bebê em Ponta
Grossa, por falta de leitos de Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. O Ministério da Saúde e a Secretaria
Estadual de Saúde do Paraná confirmaram nesta quinta-feira (19) que as
procuradorias vão recorrer da decisão.
A Justiça estadual condenou o governo do Paraná e a União
em 2013, mas os acusados recorreram. O TRF analisou o pedido e decidiu, no
início de março, manter a condenação no processo. Os governos foram condenados a pagar indenização de R$ 50
mil aos pais do bebê que entraram com uma ação por danos morais contra o poder
público. As informações são do G1.
Conforme a advogada da família, Andreia Mendes
da Silva, o bebê nasceu após uma gestação de sete meses e teve problemas
respiratórios em uma maternidade da rede pública de Ponta Grossa. Quatro dias
depois do nascimento, o bebê morreu porque não havia leito de UTI na cidade nem
na região. Ainda segundo a advogada, a maternidade e a prefeitura
não foram condenadas. "A Justiça entendeu que a oferta de leitos é uma
obrigação dos governos", acrescentou.