Ministério Público aponta cargos ilegais na Sanepar e na Cohapar
Contrariando recomendação do Ministério Público (MP), a
Sanepar e a Cohapar mantêm ativos 84 cargos comissionados considerados ilegais.
Vagas criadas em 2011, sem previsão em lei. Na Sanepar, são 44 cargos
comissionados, dos quais 30 ocupados, com salários entre R$ 4,5 mil e R$ 22,9
mil. Já na Cohapar são 40 funcionários, cujos salários não foram divulgados – a
empresa se recusou a informar quem ocupa os cargos.
Na Sanepar, o Conselho de Administração da empresa se reuniu
em 2011 e criou 30 cargos de “consultores estratégicos”.
Posteriormente, outros 14 foram incluídos. No entendimento do MP, para que um
cargo comissionado em empresa pública exista, é necessário que haja uma lei. Em
abril de 2014, o órgão recomendou que as funções fossem extintas, e que o
Estatuto Social da empresa fosse alterado.
A Sanepar não cumpriu a determinação. Hoje, são
30 pessoas lotadas nestes cargos, que recebem juntas, mensalmente, R$ 320 mil
em salários. Uma parte considerável desses funcionários tem ligação com o grupo
político do governador Beto Richa. Como a recomendação
não foi cumprida, o MP ingressou com uma ação civil pública contra
a companhia. Fonte: Gazeta do Povo.