STF proíbe Moro de julgar Cunha
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Ricardo Lewandowski, decidiu nesta quarta-feira (22) que o juiz Sérgio Moro não
poderá proferir sentença na ação penal em que o presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é citado, antes de prestar informações ao
Supremo. Ele concedeu prazo de dez dias para que Moro se manifeste.
Lewandowski atendeu a um pedido da defesa do parlamentar,
que deseja agilidade na decisão sobre a suspensão da ação penal em que Cunha
foi citado por Júlio Camargo, um dos delatores do esquema de corrupção
investigado na Operação Lava Jato. Os advogados pediram que a manifestação de
Moro seja enviada por meio eletrônico e não pelos Correios.
De acordo com informações de agências, após receber a manifestação, o presidente do Supremo
decidirá se suspende o depoimento de Júlio Camargo. Na decisão, Lewandowski
explicou que a medida foi tomada para evitar a perda de objeto do pedido de
Cunha.