PF investiga se repasse de ministério foi usado para pagar advogados
A 18.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta
quinta-feira (13), investiga um contrato para oferta de crédito consignado a
servidores federais, intermediado pelo Ministério do Planejamento. O esquema não envolve desvio de recursos públicos, mas o
repasse de 40% dos valores recebidos pela empresa Consist Software para
empresas e escritórios de advocacia indicados por dois operadores. Um deles é
Milton Pascowitch, que firmou acordo de colaboração premiada. O outro é o
advogado Alexandre Romano, ex-vereador do PT em Americana, no interior de São
Paulo.
Ele foi preso no Aeroporto de Congonhas e deve chegar a
Curitiba, em carro da Polícia Federal. O esquema
relacionado ao contrato com o Ministério do Planejamento teria movimentado
cerca de R$ 52 milhões. Pascowitch disse em delação que foi procurado pelo
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pedindo para que atuasse junto com
Romano, que já cuidava das operações.
Os recursos pagos pela Consist teriam sido repassados em
sua maioria a empresas de fachada, sem que tivessem prestado serviços. Quatro escritórios de advocacia foram alvo da operação, dois em
Curitiba, um em Porto Alegre e um em São Paulo. Um dos escritórios é o do advogado de Curitiba Guilherme
Gonçalves, considerado um dos principais especialista em Direito Eleitoral do
Paraná.
(Narley Resende, com informações da jornalista
Lenise Klenk, na BandNews FM Curitiba)
