Governo admite dificuldade para anular impeachment no STF
Parte do governo Dilma já admite dificuldade em
convencer os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o ato do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de receber a denúncia de
impeachment deve ser anulado. Apesar disso, o STF será
palco de um périplo de advogados de Dilma na segunda e na terça-feira. Líderes
da oposição também farão romaria para falar com os ministros da Corte às
vésperas do julgamento sobre o rito do impeachment, marcado para
quarta-feira.
Diante das dificuldades já previstas para barrar o início
do rito do impeachment, o governo aposta na anulação da sessão que elegeu
integrantes da Comissão Especial na Câmara que vai elaborar parecer sobre o
pedido. Na semana passada, os deputados elegeram, em votação secreta, 39
integrantes de chapa composta por oposicionistas e dissidentes da base. Com a
votação, o grupo já daria a largada com a maioria pró-impeachment. Mas o despacho de Fachin, que suspendeu todo o processo
até quarta-feira, é visto como um alento no Planalto: no texto, o ministro
adianta que não há previsão legal para o voto secreto neste caso. (Com Estadão Conteúdo)
