MST bloqueia rodovias e pede absolvição de Dilma no Senado
João Pedro Stédile, líder dos sem-terra,
se reúne com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para
pressioná-lo a barrar o impeachment
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) iniciou
nesta terça-feira uma série de atos contra o processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff que tramita no Congresso. As ações envolveram
bloqueios em rodovias, passeatas e invasões de terra em oito Estados - Minas
Gerais, Paraíba, Mato Grosso, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Sul e
Rio Grande do Norte.
Enquanto os militantes se mobilizavam pelo país, o
coordenador do MST, João Pedro Stédile, se reunia com o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), para pressioná-lo a impedir o prosseguimento do
processo de afastamento de Dilma no Senado. Também participaram do encontro
lideranças de outros movimentos sociais ligados ao governo, como a CUT e o
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Na reunião, Stédile entregou a
Renan um volume de manifestos assinados por cerca de 300 instituições
contrárias ao "golpe".
No encontro, os militantes lembraram o caso do presidente
norte-americano Bill Clinton, que sofreu um processo de impeachment na Câmara,
mas foi absolvido pelo Senado, em 1999. O caso, no entanto, em nada lembra o da
presidente Dilma Rousseff. Clinton foi processado por falso testemunho após
negar ter mantido relações sexuais com uma estagiária da Casa Branca, Monica
Lewinsky. Fonte|: Veja/Abril. Foto: Reprodução Facebook.