PF mira empresas donas de avião em que morreu Eduardo Campos

A Polícia Federal deu início, na manhã nesta terça-feira, a uma operação para desmantelar uma quadrilha especializada em lavagem dinheiro que teria ligações com o avião que transportava o candidato à Presidência Eduardo Campos, no dia do acidente fatal, em 13 de agosto de 2014. Segundo a PF, o grupo movimentou 600 milhões de reais em seis anos. As informações são da Revista Veja.

Foram expedidos, ao todo, sessenta mandados judiciais, sendo cinco de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva. Também há mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros dos principais membros da organização criminosa. A operação, batizada de Turbulência, foi deflagrada em Goiás e Pernambuco. Um dos locais alvos da ação é o Aeroporto de Guararapes, em Recife.

As investigações tiveram início a partir da análise de movimentações financeiras das contas das empresas proprietárias do avião Cessna 560XL, que transportava Campos durante a campanha eleitoral. Na ocasião, a aeronave caiu em um terreno baldio em Santos, no litoral paulista. Todas as sete pessoas a bordo morreram, inclusive o ex-governador de Pernambuco.

A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de "laranjas", e que realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas companhias investigadas na Operação Lava Jato. Os investigadores suspeitam que parte dos recursos que foram movimentados nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de "caixa dois" de empreiteiras.