ONU diz que ainda não examinou admissibilidade do caso Lula
A ONU informa que a sua decisão relativa ao exame do caso
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi uma "formalidade" e
que ainda não se pode considerar que a entidade considerou sua admissibilidade.
Tal etapa apenas será realizada em 2017 ou mesmo em 2018. O julgamento completo
do caso pode levar cinco anos. Na manhã desta quinta-feira (27) em comunicado,
a ONU explicou que a decisão envolvia apenas um "registro" do caso.
"Isso não implica uma decisão nem sobre sua admissibilidade e nem sobre
mérito", indicou uma nota enviada pela porta-voz da entidade, Elizabeth
Throssell. "Significa apenas que o Comitê de Direitos Humanos olhará o
caso", disse. Ela confirmou que a comunicação "agora foi enviada à
missão permanente do Brasil para que o Estado faça suas observações". Em
um segundo comunicado emitido hoje, a ONU foi além.
"O processo de
registro é essencialmente uma formalidade e não implica em nenhuma expressão ou
decisão do Comitê sobre a admissibilidade ou os méritos da queixa", insistiu.
Segundo a ONU, 95% dos casos que chegam são registrados. Nesta fase, a entidade
apenas examina se todos os documentos estão em mãos, se a pessoa de fato existe
e se o país implicado pode ser julgado com base nos tratados. Ainda conforme a
organização, a admissibilidade da queixa apenas será avaliada uma vez que a
entidade também tenha em mãos a defesa do Estado brasileiro. Com informações de assessoria.