Maia já discute com técnicos legislativos sobre eleições indiretas
Antes mesmo da renúncia ou cassação do presidente Michel
Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já começou
a fazer consultas a sobre as regras para eleições indiretas para presidente da
República. Desde a quinta-feira, 18, o parlamentar fluminense se reúne com
técnicos legislativos da Casa para estudar as leis existente sobre o tema e ver
a possibilidade de “ajustes” nessa legislação.
Nesta quinta e nesta sexta-feira, 19, Maia se reuniu na
residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília, com o secretário-geral
da Mesa Diretora da Casa, Wagner Padilha, e outro técnico legislativo. Nas
conversas, abordaram a legislação sobre eleições indiretas. Parlamentares da
base aliada que passaram pela casa de Maia também conversaram com os técnicos
sobre o assunto. As informações são de Estadão Conteúdo via Banda B.
Segundo apurou o Broadcast Político (serviço de notícias
em tempo real do Grupo Estado), os técnicos informaram que hoje já há pelo
menos duas leis que regulamentam as eleições indiretas para presidente. Uma
delas é uma lei complementar de 1990 que estabelece os requisitos exigidos para
os candidatos. Ela prevê que detentores de cargos públicos devem se
desincompatibilizar pelo menos seis meses antes do pleito e exige que o
candidato tenha, no mínimo, seis meses de filiação partidária.
A outra lei é de 1964 e trata sobre o trâmite da votação.
Ela estabelece que a eleição indireta será realizada em sessão do Congresso
Nacional comandada pelo presidente do Senado. Será eleito o candidato que tiver
a maioria absoluta dos congressistas, o equivalente a 257 deputados e 41
senadores. Se após duas tentativas nenhum candidato alcançar esse placar, uma
terceira votação é feita e será eleito o que tiver a maioria dos votos
apurados.