Jornalista que difamou Moro é condenado a 10 meses de prisão
A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região
condenou por unanimidade o jornalista Miguel Baia Bargas a 10 meses e 10 dias
de detenção por calúnia e difamação por ter publicado uma matéria com
informações inverídicas (fake news) sobre o juiz federal Sergio Moro.
Em 2015, o blog Limpinho & Cheiroso, mantido por
Bargas, publicou um conteúdo que ligava Moro a um caso de desvio de recursos na
Prefeitura de Maringá. O jornalista publicou em seu blog um texto com o seguinte
título: “Paraná: Quando Moro trabalhou para o PSDB, ajudou a desviar R$ 500
milhões da Prefeitura de Maringá”. Ele reproduzia a informação publicada em
outro site de que Moro havia trabalhado com um advogado que teria servido ao
ex-prefeito de Maringá, Jairo Gianoto – este sim condenado de fato a devolver
R$ 500 milhões aos cofres públicos.
O texto faz uma ligação entre Moro e o doleiro Alberto
Youssef. O doleiro foi descrito como
“laranja” do juiz. Nem Moro, nem o advogado citado no texto, trabalharam
para o ex-prefeito. “É manifesta a ofensa à honra do juiz federal Sergio
Fernando Moro, a configurar a prática de crimes tanto pela referência direta
quanto indireta ao magistrado”, escreveu o relator do caso, o desembargador
federal André Nekatschalow.
(Por Angelo Rigon via Gazeta do Povo/Reprodução).
(Por Angelo Rigon via Gazeta do Povo/Reprodução).