Bolsonaro só aceita ajuda se Macron pedir desculpas
O Palácio do Planalto confirmou na noite desta segunda-feira (26) para imprensa que o governo brasileiro vai recusar a ajuda de U$ 20 milhões, equivalentes a R$ 83 milhões, oferecida pelo grupo que reúne as sete nações mais ricas do mundo, o G7.
O envio da ajuda emergencial para o combate às queimadas na Amazônia foi aprovado pela Cúpula do grupo que esteve reunida no final de semana, na França. A recusa foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
No entanto, ao ser questionado sobre a rejeição na manhã desta terça-feira (27), ao sair do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro falou que o tema ainda está em aberto e que depende de um pedido de desculpas do presidente da França, Emmanuel Macron.
“Eu falei isso [que recusaria]? O presidente Jair Bolsonaro falou? Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que ele fez à minha pessoa, primeiro me chamou de mentiroso, e depois, pelas informações que eu tive, que disse que a nossa soberania está em aberto, então, para conversar, ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter de retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, argumentou o presidente brasileiro.
Horas antes do Palácio do Planalto confirmar a recusa, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que os recursos seriam bem-vindos. “Quem vai decidir como usar recursos para o Brasil é o povo brasileiro e o governo brasileiro. De qualquer forma, a ajuda é sempre bem-vinda”, comentou, ao participar de evento promovido pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), nesta segunda-feira (26).
Informações de Congresso em Foco. Foto: Reprodução.
