Bancada evangélica racha após manobra para reeleger presidente


Enquanto o presidente Jair Bolsonaro recebia a bênção de um pastor em uma igreja evangélica de Manaus na última terça-feira (26), um racha em uma de suas principais bases de apoio se concretizava a cerca de 3.400 km dali.

Aliados do presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), mudaram o estatuto da bancada para possibilitar a reeleição do líder do ramo manauara da Assembleia de Deus -a mesma onde Bolsonaro foi a culto no Amazonas.

A mudança, feita em reunião esvaziada presenciada pela reportagem, causou rebuliço e escancarou uma disputa interna do grupo que é um dos principais aliados ideológicos de Bolsonaro no Congresso.

Deputados ligados a Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) acusam Silas Câmara e aliados de tentarem se perpetuar no poder e de mudar as regras do jogo no meio do caminho.

Já deputados ligados ao atual presidente dizem que a reeleição é desejo quase unânime da bancada e citam a preocupação com a possibilidade de Sóstenes, ligado ao pastor Silas Malafaia, ascender ao comando da bancada como uma das razões para a mudança.