Xuxa doa R$ 1 milhão ao SUS para combate ao cononavírus


Justin Bieber puxou a fila. Um dos primeiros artistas internacionais a entrar na luta contra a pandemia do Covid-19, em fevereiro, o cantor canadense fez uma doação -de valor não divulgado – para a Chunmiao Children Aid Foundation, Ong chinesa que cuida de crianças.

Com o agravamento da crise sanitária, no mês de março, diversos artistas vêm colocando a mão no bolso em prol do combate ao novo coronavírus. A cantora Rihanna, por meio de sua fundação, doou US$ 5 milhões. A quantia foi fatiada entre entidades de diversos países e regiões, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, a apresentadora Xuxa Meneghel destinou R$ 1 milhão para o SUS (Sistema Único de Saúde), por meio da empresa Espaçolaser, da qual é sócia. A eterna Rainha dos baixinhos doou também 300 mil sabonetes da sua marca, Xuxinha, para famílias em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro.

Na capital carioca, o coletivo 342 Artes, liderado por Paula Lavigne e Caetano Veloso, lançou uma campanha de financiamento coletivo, com o objetivo de dar suporte a quatro instituições: Coletivos Papo Reto, Voz da Comunidade Rocinha Resiste e Redes da Maré. Todas as quatro são ligadas a projetos sociais e atuam nas favelas.

“São instituições pelas quais a gente bota a mão no fogo, e sabemos que o recurso vai chegar lá. Essa curadoria é importante pois muita gente quer ajudar, mas não sabe como. As pessoas estão precisando de comida, água, gás. Gás na comunidade é um problemão, a gente não tem noção do quanto”, disse Paula à reportagem, na tarde desta sexta-feira (27).

A vaquinha online recebeu o apoio de artistas como Anitta, Frejat, e as atrizes Glória Pires e Luisa Arraes, além do próprio Caetano Veloso, que postaram vídeos em suas redes sociais divulgando a campanha.

“Estamos indo bem. Já superamos a meta inicial de R$ 150 mil e estamos perto de alcançar a nova meta, de R$ 215 mil”, diz Paula.

Um segundo projeto da produtora, ligado à Associação Procure Saber, busca patrocínio para uma live com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Nando Reis, entre outros, para criar um fundo destinado a profissionais da cadeia produtiva da música.

“Nossa preocupação é com os técnicos de som, carregadores, bilheteiros, e toda a cadeia da música que está sem trabalho. O show atual do Caetano tem uma estrutura enxuta, com cerca de dez pessoas envolvidas, mas imagine um show do Zeca Pagodinho, com 20 músicos, e mais toda a equipe técnica. O que eles fazem não está sendo utilizado em lugar nenhum! Há todo um setor parado que precisa de auxílio para superar essa crise, que não sabemos quando vai terminar”, diz.

O valor do patrocínio, segundo ela, não pode sequer ser estimado. “Vamos negociar, pois toda a ajuda é bem-vinda nesse momento”, diz.

Outro projeto apoiado pelo coletivo é o movimento Reação & União, grupo informal da sociedade civil que propõe viabilizar a implementação de 50 leitos de UTI no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, conhecido como Hospital do Fundão. O custo estimado de cada leito é de R$110 mil, ou seja, o valor total do projeto será de R$ 5 milhões e quinhentos mil. “É Importante apoiar essa ‘pré-produção’, digamos assim, porque a previsão do aumento de número de vítimas é real as pessoas estão apavoradas, ainda mais com um presidente que pirou com tudo de vez”, diz.

A perspectiva pós-coronavírus, na visão da produtora, é nublada. Ela conta que, antes da pandemia, já era caseira, mas que “Caetano está como um leão na jaula”. Não se arrisca a fazer previsões. “Adiamos dez shows para setembro, mas o que garante que tudo estará normal até setembro? E quando a coisa voltar ao normal, quais serão as prioridades das pessoas? Será que vão querer ir a shows? É tudo incerto”, diz.

Informações de Folhapress. Publicado por Banda B. Imagem: Catraca Livre.