ANEEL autoriza novas tarifas para consumidores da Copel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que
regula o sistema no Brasil, determinou reajuste médio de 0,41% para os
consumidores atendidos pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). Contudo,
para a categoria de clientes residenciais, que representa 81% da base da
empresa, haverá redução de 0,95% na tarifa. O benefício alcança 3,8 milhões de
famílias. Para comércio e serviços atendidos em baixa tensão, a redução é de
0,83%. Por fim, para a iluminação pública, a redução é de 0,93%.
O anúncio foi feito pela ANEEL nesta quinta-feira (25),
em reunião ordinária transmitida por rede social de vídeos. Consideradas as
demais classes consumidoras, a ANEEL definiu um reajuste médio de 0,41% para a
área de concessão da Copel. Os clientes atendidos em alta tensão terão reajuste
médio de 1,13%.
A redução para a grande base de clientes, assim como o
reajuste abaixo da inflação dos últimos 12 meses para os demais, foram
possíveis a partir da adoção, pela ANEEL, da chamada Conta-Covid. O IGP-M do
período foi de 6,51%.
COVID - A Conta-Covid é uma medida estrutural, possível
graças a uma operação de mercado desenhada pelos Ministérios de Minas e Energia
e Economia, além da própria ANEEL, com dois objetivos claros. O primeiro é
aliviar o bolso dos consumidores neste momento de crise.
O segundo objetivo é garantir que as empresas
fornecedoras de energia elétrica tenham liquidez para superar os efeitos da
pandemia do novo coronavírus, como a queda no consumo e o aumento na
inadimplência.
DÓLAR - A alta do dólar influencia no cálculo. A moeda
americana é utilizada para calcular o valor da energia gerada pela usina de
Itaipu. Outros fatores são a composição de custos, do sistema de transmissão e
demais encargos setoriais. A revisão tarifária anual de cada distribuidora é
estabelecida para a data em que a concessão federal foi originada - no caso da
Copel, 24 de junho.
ISENTOS - Hoje, 295.915 famílias não pagam pela energia
elétrica no Paraná. Elas estão incluídas nos programas para atenção à população
em situação de vulnerabilidade e são diretamente beneficiadas pelas medidas
adotadas para o setor pelo Governo Federal e pela ANEEL durante a pandemia do
novo coronavírus. Desse total, 160 mil já faziam parte do programa Luz
Fraterna, mantido pelo Governo do Paraná. As demais integram cadastro federal.