Senado aprova marco regulatório do saneamento básico
Os senadores aprovaram nesta quarta (24), por 65 a 13
votos, o novo marco regulatório do
saneamento básico (PL 4.162/2019). O texto estabelece como meta que 99% da população
brasileira tenham acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de
esgoto até o ano de 2033.
Além de mudar regras para o fornecimento de água e de
esgoto, o novo marco legal prorroga o prazo para o fim dos lixões. O relator,
senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), disse que proposta é urgente para proteger
a saúde da população. O texto vai à sanção.
Durante a sessão deliberativa remota, a maioria dos
senadores disse acreditar que a aprovação do novo marco legal do saneamento
básico vai melhorar a realidade do país. Entretanto, vários senadores também se
mostraram céticos com a efetividade da medida, principalmente em relação ao
alcance das melhorias e à situação futura das empresas públicas de saneamento
com a entrada da iniciativa privada.
O relator do projeto, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE),
afirmou que a modernização do sistema de saneamento básico brasileiro “é
absolutamente necessária e urgente”. Ele ressaltou que, atualmente, cerca de 35
milhões de cidadãos não têm acesso a água tratada e mais de 100 milhões não são
atendidos por coleta de esgoto.
— Metade da população brasileira! Essa precariedade de
saneamento básico prejudica, fundamentalmente, os índices de desenvolvimento
humano e resulta em imensos prejuízos, sociais — principalmente sociais – e
econômicos. A Organização Mundial da Saúde estima que 15 mil pessoas morrem e
350 mil são internadas no Brasil todos os anos devido a doenças ligadas à
precariedade do saneamento básico, situação agravada pela pandemia da covid-19
— disse Tasso.
O líder do Podemos, senador Alvaro Dias (PR), afirmou que
o sistema de saneamento básico do Brasil “é medieval”, o que faz com que
milhões de brasileiros não tenham direito à saúde. O líder do PSDB, senador
Roberto Rocha (MA), acrescentou que saneamento básico é um tema que tem ligação
direta com a questão da saúde pública.
Informações da Agência Senado. Imagem: reprodução.