Marco temporal pode unir Congresso e Planalto contra STF
O agronegócio pressiona para que o tribunal determine que
os indígenas só podem ter direito sobre terras que já estavam ocupadas até 5 de
outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Uma ala do STF, porém,
votará no sentido oposto, como já fez o ministro Edson Fachin quando a análise
do caso foi iniciada no plenário virtual.
O julgamento será retomado na próxima quarta-feira (1º)
com sustentações orais e, depois, os votos dos ministros. Para pressionar o
Supremo, cerca de 6.000 indígenas montaram um mega-acampamento em Brasília
nesta semana.
Caso a corrente de Fachin prevaleça, a bancada ruralista
tentará reverter a decisão no Congresso e contará com o apoio do governo nesse
sentido. Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a ausência de um
marco temporal pode acabar com o agronegócio.