Cadastros desatualizados podem comprometer pagamento de auxílio a taxistas


O governo federal ainda enfrenta dificuldade para definir quando fará o pagamento do auxílio emergencial aos taxistas, conforme previsto na lei que ampliou os benefícios sociais até o fim deste ano. Ontem (21) o Ministério do Trabalho, que é responsável pelo levantamento dos dados dos beneficiários, divulgou uma previsão: 16 de agosto.

 O fato é que, internamente no governo Jair Bolsonaro, a data não é dada como certa. Inclusive já estaria em estudo a possibilidade de pagamento do benefício ‘por levas’. Dessa forma, quem não receber o auxílio em agosto, por exemplo, receberia duas parcelas no mês seguinte. Isso daria mais tempo para os municípios enviarem informações para a União.

O prazo para que prefeituras atualizem as listas com nomes e documentos dos taxistas será aberto na segunda-feira (25) e vai até domingo (31). Mas muitos problemas precisam ser resolvidos.

 “O Brasil é muito grande e, assim como em todo setor, há muitas variáveis no universo dos taxistas. Se por um lado, temos grandes cidades com acompanhamento rígido dos cadastros. Há pequenos municípios em que não existe uma atualização constante de permissionários”, explica Edgar Ferreira de Souza, presidente da Federação Nacional dos Taxistas e Transportadores Autônomos de Passageiros (FENCAVIR).

A entidade que representa os taxistas tenta uma agenda com o ministro do Trabalho, José Carlos Oliveira, para tratar dessas especificidades. Mas o encontro só deve ocorrer no dia 5 de agosto, quando o período de envio de dados estará encerrado.

A preocupação da categoria é que não haja injustiças na distribuição do auxílio. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, cerca de 30% dos taxistas estariam com cadastros desatualizados junto à Secretaria de Transportes. O órgão prorrogou o prazo para renovação de autorizações até 2026, em razão da pandemia de Covid-19.

Isso significa que na lista atual da Prefeitura pode haver motoristas que nem estejam mais no sistema. Seja por falecimento, migração para o serviço de aplicativos ou por ter devolvido a autorização de uso ao poder público.

 

Fonte: CNN Business. Imagem: FS Online.